Friday, November 23, 2018

The Hate u Give

Estamos claramente num ano onde diversos realizadores afro americanos se dedicaram a projetos ambiciosos com resultados criticos interessantes. Um desses realizadores foi George Tilman Jr, um realizador proximo da comedia de bairro afro americana que este ano apostou tudo neste drama que conquistou a critica com avaliaçoes extremamente positivas mas tambem o publico obrigando a uma expansao do filme que culiminou em resultados comerciais interessantes.
Este e um filme recheado de cliches raciais, quer na violencia gratuita policial, quer na diferenciaçao demasiado exagerada entre lados, quer na forma como da uma visao quase unilateral de um conflito independentemente das conseuencias que os mesmos trazem para cada um dos lados, e nisso e um filme parcial que tenho dificuldade sempre em considerar um filme de referencia.
Pese embora tal facto e inegavel que e um filme de impacto emotivo elevado, e de sentimentos fortes entre personagens que sao bem transmitidos ao espetador do primeiro ao ultimo minuto. Deve-se sublinhar a tentativa de explorar um pouco um lado mais dual do impacto negativo tambem do estilo de vida da comunidade onde o filme e inserido mas ai o filme parece ter mais receio de ter um espirito mais critico do que relativamente a violencia policial, o que nos parece pensado no tipo de publico que o filme quer chegar.
Mesmo sendo um filme com potencialidade, penso que o excesso de cliches de grande parte da sequencias e o pouco equilibrio entre lados, ou nao fosse um filme totalmente realizado e produzido por afro americanos de origens humildes, acabam por retirar a qualidade do filme de um primeiro plano.
A historia fala de uma familia afro americana inserida num bairro relacionado com a marginalidade mas que tenta tirar os seus filhos deste contexto escolar, contudo rapidamente tudo muda quando uma filha acaba por assistir a morte do melhor amigo numa operaçao policial.
Em termos de argumento o filme esta longe de ser um poço de originalidade, acabando sempre por ser um pouco mais do mesmo nos aspetos gerais. FUnciona melhor na exploraçao de emoçoes, mas mesmo em termos politicos e demasiado denunciado para uma das vertentes.
Na realizaaçao um realizador afro americano sempre relacionado com filmes para aquele publico de diversos generos que tem aqui o seu filme mais forte em termos criticos, ainda que dentro de um teor politico proximo do seu estilo. Nao e um filme de grandes riscos na realizaçao mas permite o lado emocional.
No cast o filme e liderado por uma jovem Stenberg que esta em ascenção em termos daquilo que e a sua exposiçao mediatica. As suas caracteristicas encaixam naquilo que o filme pede, sem no entanto trabalhar as personagens para mais valorizaçoes.

O melhor - O trabalho emocional do filme.

O pior - Demasiado direcionado em termos politicos

Avaliação - C+

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