Wednesday, June 07, 2017

Free Fire

Quando um grande nome como Martin Scrocese se junta a um elenco no minimo apelativo e num contexto de filme no minimo invulgar, surgem algumas expetativas relativamente aquilo que o filme na realidade vai ser. Este Free Fire que estreou em poucos cinemas acabou por se tornar num filme aceitavel do ponto de vista critico, com avaliações essencialmente positivas, sendo que comercialmente fruto da fraca distribuição acabou por se tornar muito limitado.
Sobre o filme, podemos dizer que a ideia do filme acaba por na sua simplicidade e no lado ridiculo da mesma por ser original em alguns pontos, ou seja o facto de ser um filme numa unica sequencia em tempo real, num unico espaço com muitas personagens acaba por ser diferente daquilo que estamos normalmente habituados a ver. Contudo tudo e demasiado redutor porque o filme nao tem espaço para muito quer em personagens quer nas surpresas narrativas, tornando-se na maioria da hora e meia de duração um filme extremamente repetitivo.
Mas tirando este defeito de significado que como é obvio esta presente e é percebido nas escolhas naturais do filme, existem dois aspetos que sao surpreendentes pela positiva, o primeiro e a capacidade de no meio de tanta confusao de balas, o filme ter espaço num e noutro momentos para dialogos de primeira linha, com um sentido de humor negro funcional e num filme que vale pelo insolito de tudo o que acaba por ser.
E obvio que é um filme de alcance limitado, mas em alturas em que o cinema mesmo na maior das complexidades se torna demasiado repetitivo, um filme repetitivo em si mesmo na sua essencia mas diferente de tudo o resto acaba por ser diferente e dar uma maior novidade para o espetador e nisso devemos valorizar este ponto de um filme que nem que seja pelo insolitio garante mais durabilidade nas nossas cabeças.
A historia fala de dois grupos diferentes que fazem um negocio de armas que fruto de um conflito entre dois elementos, um de cada fraçao acaba por começar aos tiros num local fechado, cheio de ricochetes, e que vai se tornar numa luta entre todos pelo dinheiro envolvido.
Em termos de argumento a ideia é no minimo insolita e por isso mesmo original. COntudo e obvio que um filme que se baseia unicamente numa cena rapidamente cai na repetiçao e nisso o filme torna-se cansativo. Em aspetos mais especificos o filme funciona bem em alguns momentos com dialogos de primeira linha.
Na realizaçao Ben Whetley ja em high risk tinha demonstrado ser um realizador que gosta de filmar o caos, aqui com dificuldades plenas pelo curto espaço do filme, tem uma ideia original, que contudo em termos de figurino de espaço poderia ter um impacto mais visual, mesmo assim, como realizador começa a ter uma assinatura que é o caos
No cast, temos diversos actores de uma primeira linha, contudo as personagens acabam por ser demasiado esteriotipadas com caracteristicas muito vincadas o que se tornam algo absurdas. Acaba por ser Sean Rilley aquele que chama a si mais atençao no filme e a disponibilidade fisica de Murphy

O melhor - A inovação de algo tão estranho ser a base de um filme.

O pior - Com o passar do tempo torna-se repetitivo

Avaliação - B-

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