Tuesday, March 07, 2017

Wolves

Existe diversas formas de pensar um filme de desporto, mas a mais comum é que o filme seja baseado em factos veridicos de forma a homenagear os mesmos. Dai que é estranho para um filme exatamente sobre desporto que o mesmo seja criado de raiz, sob a forma de drama. Isto é o que represente esta pequeno filme que apenas agora chegou aos ecras e de uma forma silenciosa quem sabe aproveitanto a nomeação de Shannon ao oscar. Comercialmente o filme tinha quase nenhuma ambição, criticamente os resultados foram extremamente medianos e sem expressão.
Os filmes sobre desportos coletivos são na sua generalidade representações da realidade quando não o são, o mesmos tem por norma que ter algum elemento diferenciador que os retire de imediato da marasmo que são os filmes de domingo à tarde. Este tenta sublinhar-se com uma toada mais noir da forma de vida do protagonista totalmente emaranhado numa vida familiar caotica. COntudo o filme não consegue ser nada realista neste segmento juntando-se de imediato ao tipo de filme onde o impossivel acontece para a realização final, e nisso podemos dizer que o filme é claramente limitado no seu alcance.
Mas os problemas do filme não se ficam por esta incapacidade de se levar a serio e pela dictomia entre o drama intenso e o filme de domingo a tarde de ultrapassar adversidades. Na verdade parece sempre que o filme tem dificuldades na concretização das persoangens, na forma como as mesmas se manifestam durante os conflitos, parecendo sempre retraido e com dificuldade em se assumir. Por este respeito podemos dizer que se trata de um filme de serie B, sem capacidade de se impor em nenhum dos seus elementos.
Por este facto sublinho ser mais adepto de adaptações desportivas que aconteceram, pelo carater factual dos mesmos e pela exigencia ser menor, já que caso contrário parece-me pouco o que filmes como este representam em termos de dimensão e de significado.
A historia fala de um jovem inserido numa familia problematica muito por culpa de um pai alcoolico e com problemas no jogo, que acaba por condicionar a sua entrega ao basquetebol. No momento em que começa a ser observado por uma universidade o jovem ter de assumir a sua entrega ao desporto que ama.
Em termos de argumento o filme parece um conjunto de cliches, quer no lado familiar dantesco, que parece tudo fazer para complicar o seu desenvolvimento a todos os niveis, quer na realização desportiva e no climax final completamente desprovido de realismo, parecendo um conto de fadas para os mais pequenos.
Na realização Bart Freundlich é um realizador que gosta de desporto, mas que ainda não conseguiu se fazer notar em qualquer um dos filmes que assumiu. Aqui mais uma vez um trabalho simples, melhor nos momentos desportivos do que nos outros.
Por fim no cast se por um lado Shannon e garante de qualidade em personagens que apontam para o lado obscuro, Gugino funciona bem também no seu lado mais maternal. O problema é que o protagonista Taylor John Smith esteja longe de grandes virtudes, parecendo sempre algo perdido perante o destaque que lhe é dado.

O melhor - Alguns momentos de realização nas sequencias de jogos.

O pior - A forma como se faz algo tão pouco rebuscado partindo de algo não ocorrido

Avaliação - C-

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