Saturday, March 25, 2017

Split

2017 começou em grande em termos daquilo que um filme pode esperar no sempre cinzento mês de Janeiro. M Night Shylaman há algum tempo afastado dos seus melhores resultados conseguiu com este filme novamente reunir algum valor critico, ainda que longe do que obteve no seu filme de estreia, mas tambem comercialmente este Split teve bons resultados principalmente tendo em conta a dificuldade natural que é estrear em competição com os filmes na corrida aos premios.
Eu confesso que estava algo expetante por este filme, quer pelo seu misterioso trailer mais acima de tudo porque muitos falavam na sua diferença. Mas confesso que quando o filme começa a desenvolver-se fiquei um pouco desiludido, desde logo porque o filme se torna algo circular até ao desenlace final, que acaba por tornar o filme bem diferente daquilo que estava a espera, tornando-o claramente mais serie B, muito irrealista, e nem o o aperitivo final torna na minha opinião este filme um dos melhores do autor, já que se torna redutor e simplista e tira a coerencia que muitas vezes um filme como este deve ter.
Ou seja o filme ate poderia ter uma premissa interessante a da luta pela sobrevivencia com a luta entre as diferentes personalidades da mesma personagem, nesse ponto e nessa introdução o filme até consegue ser promissor, contudo com o seu desenvolvimento penso que o filme torna-se repetitivo, não consegue ir muito para alem da premissa no que diz respeito ao potenciar da ideia, e a luta final e os lados passados do filme acabam tambem eles por serem pouto trabalhados e abandonados, fica a sensação que vamos ter sequela, mas ai penso que muito mais tem de ser respondido.
Shylaman tem alguns pontos muito comuns no seu filme, por um lado serem ou encaminharem-se para pontos que muitos pensavam que não seria a decisão do filme, os twist final, mas penso que o que diferencia os melhores dos piores filmes do realizador e a intensidade emocional do filme e aqui o filme so consegue algum destaque pela complexidade da personagem central e muito pela interpretação de Mccavoy.
A historia fala de tres estudantes que são raptadas por uma pessoa com multipla personalidade e entram em cativeiro tudo fazendo para sobreviver entre si, num espaço totalmente desconhecido.
Em termos de argumento temos de analisar o filme sob dois vetores, por um lado a base do filme, com a forma com que trabalha a personalidade multipla que me parece arriscada e corajosa, e que poderia ser uma boa base narrativa para o filme, e o seu desenvolvimento muito aquem daquilo que o filme poderia valer em si.
Na realização Shylaman tem uma forma particular de tornar ou os seus filmes demasiado negros ou demasiado claros em mudanças subitas, aqui temos mais na linha inicial, o seu açucar habitual no final do filme é sempre uma imagem de marca e aqui tambem tem.
O filme vive em demasia, por alguma fraqueza do guião da interpretação de uma James McCavoy em grande forma, num papel dificilimo, ele tem uma entrega notavel e é a alma mais forte do filme, num actor num ponto de maturação plena a estar atentos nos proximos anos.

O melhor – A interpretação de McCvoy

O pior – A premissa do filme se tornar no final num tipico filme de acçao serie B


Avaliação - C

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