2017 começou em grande
em termos daquilo que um filme pode esperar no sempre cinzento mês
de Janeiro. M Night Shylaman há algum tempo afastado dos seus
melhores resultados conseguiu com este filme novamente reunir algum
valor critico, ainda que longe do que obteve no seu filme de estreia,
mas tambem comercialmente este Split teve bons resultados
principalmente tendo em conta a dificuldade natural que é estrear em
competição com os filmes na corrida aos premios.
Eu confesso que estava
algo expetante por este filme, quer pelo seu misterioso trailer mais
acima de tudo porque muitos falavam na sua diferença. Mas confesso
que quando o filme começa a desenvolver-se fiquei um pouco
desiludido, desde logo porque o filme se torna algo circular até ao
desenlace final, que acaba por tornar o filme bem diferente daquilo
que estava a espera, tornando-o claramente mais serie B, muito
irrealista, e nem o o aperitivo final torna na minha opinião este
filme um dos melhores do autor, já que se torna redutor e simplista
e tira a coerencia que muitas vezes um filme como este deve ter.
Ou seja o filme ate
poderia ter uma premissa interessante a da luta pela sobrevivencia
com a luta entre as diferentes personalidades da mesma personagem,
nesse ponto e nessa introdução o filme até consegue ser promissor,
contudo com o seu desenvolvimento penso que o filme torna-se
repetitivo, não consegue ir muito para alem da premissa no que diz
respeito ao potenciar da ideia, e a luta final e os lados passados do
filme acabam tambem eles por serem pouto trabalhados e abandonados,
fica a sensação que vamos ter sequela, mas ai penso que muito mais
tem de ser respondido.
Shylaman tem alguns
pontos muito comuns no seu filme, por um lado serem ou
encaminharem-se para pontos que muitos pensavam que não seria a
decisão do filme, os twist final, mas penso que o que diferencia os
melhores dos piores filmes do realizador e a intensidade emocional do
filme e aqui o filme so consegue algum destaque pela complexidade da
personagem central e muito pela interpretação de Mccavoy.
A historia fala de tres
estudantes que são raptadas por uma pessoa com multipla
personalidade e entram em cativeiro tudo fazendo para sobreviver
entre si, num espaço totalmente desconhecido.
Em termos de argumento
temos de analisar o filme sob dois vetores, por um lado a base do
filme, com a forma com que trabalha a personalidade multipla que me
parece arriscada e corajosa, e que poderia ser uma boa base narrativa
para o filme, e o seu desenvolvimento muito aquem daquilo que o filme
poderia valer em si.
Na realização
Shylaman tem uma forma particular de tornar ou os seus filmes
demasiado negros ou demasiado claros em mudanças subitas, aqui temos
mais na linha inicial, o seu açucar habitual no final do filme é
sempre uma imagem de marca e aqui tambem tem.
O filme vive em
demasia, por alguma fraqueza do guião da interpretação de uma
James McCavoy em grande forma, num papel dificilimo, ele tem uma
entrega notavel e é a alma mais forte do filme, num actor num ponto
de maturação plena a estar atentos nos proximos anos.
O melhor – A
interpretação de McCvoy
O pior – A premissa
do filme se tornar no final num tipico filme de acçao serie B
Avaliação - C
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