Collateral Beauty foi
apresentado logo no inicio do ano como um dos filmes como ambições
de prémios, principalmente pelo excelente elenco reunido e mais que
isso pela formula de emoções ganharem vida num filme positivo em
momentos de natal. Após as primeiras visualizações percebeu-se que
criticamente o resultado foi absolutamente destastroso com avaliações
muito negativas, o que o tornou de uma forma clara em termos criticos
um dos grandes floops do ano. Em termos comericias e contagiado pelas
avaliações as coisas também não correram pelo melhor com
resultados modestos principalmente tendo em conta o naipe de actores
que o filme conseguiu reunir.
Sobre o filme em si, eu
penso que a intenção do filme até é original, numa mensagem
positiva, o problema e claramente a forma como o resultado é
concretizado e o facto do filme em grande parte da sua duração ser
um total vazio de ideias, conjugando lugares comuns de uma forma
previsivel e sequencias interminaveis da personagem central sozinha,
para demonstrar a sua tristeza. A grosso modo, expremido o resultado
do filme temos muito pouco para além de uma ideia ambiciosa que
poderia resultar mas que na essência nunca o consegue fazer.
E porque é que não
consegue fazer, pois bem o filme nunca dá primazia as interações
da personagem central com os diferentes vetores do filme, acabando
por o dividir com outras personagens o que reduz a presença a duas
ou tres cenas o que é muito pouco para o filme, que parece que a
determinado momento desiste de ir mais longe e acaba por atalhar para
um final previsivel, que até pode funcionar com algum impacto mas
surge a ideia que vem demasiado cedo e que na realidade pouco se
passou até la, para alem de um exagero de sequencias do protagonista
em bicicleta e de dominos a ruir.
Para um filme com este
cast o resultado final teria obviamente de ser muito mais forte, o
filme teria de ter muito mais conteudo e o resultado ser
completamente diferente. Não poderia ser apenas um filme de
historias multiplas mal desenvolvidas com a força de um filme de
matine. Sem muito se perceber porque parece termos aqui um filme que
se perde, e parece desistir muito de si à imagem da personagem.
A historia fala de um
empresário extrovertido que apos a morte da filha por cancro acaba
por ficar depressivo e sem qualquer reação. Com a ajuda de três
colaboradores o mesmo vai começar a interagir com três vetores
distintos, o amor, o tempo e a morte, que acabaram por estar ligado a
qualquer um dos colaboradores.
O argumento tem uma
premissa original e que bem potenciada num bom argumento poderia
resultar com alguma diferença e impacto, o problema e que o filme
não consegue criar essa intensidade, esse conteudo quer nas
personagens quer no desenvolvimento da narrativa resultando em tudo
demasiado pobre.
Na realização e num
filme nem sempre muito trabalhado sob o ponto de vista das
personagens e dos seus movimentos, e na cidade de Nova Iorque que o
realizador consegue no ponto de vista estetico potenciar mais o
filme, com bons momentos, bem realizador coloridos dando ao filme o
que melhor nova iorque tem, contudo e insuficiente para fazer o filme
resultar noutros aspetos. Frankel é um realizador de filmes
familiares normalmente com algum resultado mas neste caso as coisas
não funcionaram.
Do ponto de vista de
cast, deve ser um dos melhores elencos que há memoria, sendo todo
ele mal aproveitado em personagens vazias pouco exigentes. Apenas no
fim Will Smith tem alguns bons momentos de intensidade dramatica, mas
quando o filme neste ponto de vista já não tem grande resolução.
O melhor – A forma
como alguns planos de Nova iorque nos são dados
O pior – Ter os
melhores condimentos do mundo e fazer uma sandes sem grande sabor
Avaliação - C-
No comments:
Post a Comment