Saturday, September 24, 2016

The Dressmaker

Nos últimos anos o cinema australiano tem estado em franca evolução, sendo que as suas produções para além de lançarem os novos produtos de hollywood já conseguem por si so ir buscar algumas das estrelas mundiais para os seus filmes. E o caso deste filme, que foi um dos grandes vencedores dos premios australianos de cinema em 2015, e da sua protagonista Kate Winslet. Pese embora os excelentes resultados criticos e comerciais naquele pais, em termos globais as coisas foram bem mais modestas, criticamente com avaliações bem mais medianas, mas também em termos comerciais, estreando muito tempo depois e em poucos cinemas.
Quanto ao filme, eu sempre achei os filmes australianos demasiado crus e nem sempre muito objetivos nos seus propositos, e nisto o filme tem um bocadinho deste problema, principalmente por nunca conseguir encontrar o seu tom, o filme vacila demasiado entre uma comedia de costumes, quase uma satira teatral, com um drama mais violento quase western, onde as armas são substituidas por maquinas de costura, e este é o principal problema do filme, sendo que funciona muito melhor no segundo registo do que no primeiro.
E o que funciona mal no primeiro, a existência de personagens apenas com este objetivo que acabam por nada dar ao filme, principalmente pelo exagero de tiques com valor humoristico, e depois porque o filme é muito mais rebelde na questão da vingança e na questão mais crua, mesmo que o estilo funcione do que propriamente na primeira vertente.
E em face desta mistura e não sendo uma obra prima em nenhum dos dois, é um filme que vai do menos ao mais, quando se torna mais objetivo naquilo que quer para si, consegue potenciar melhor as suas ideias e fazer tudo funcionar de uma forma mais declarada, tornando-se num melhor western do que num filme satirico de epoca. Percebe-se que o cinema australiano esta em clara ascenção embora nos pareça que ainda falte o filme que o potencie para o primeiro patamar.
O filme fala de uma costureira que regressa a sua aldeia de origem de onde foi expulsa alegadamente por matar um jovem de quem sofria bullying aqui vai ter que rever os fantasmas do passado e acima de tudo lidar com uma progenitora decadente com tudo o que aconteceu.
Em termos de argumento PJ Hogan regressa depois de algum tempo afastado da primeira linha, pese embora alguma dificuldade em encontrar o tom, embora ache que tal se deve mais a uma realização menos definida, o filme vai do menos ao mais, e torna-se numa interessante historia de vingança que nunca necessita de grande originalidade ou tirar coelhos da cartola
Assim como Hogan Moorhouse regressa depois de muitos anos de fora para cuidar dos seus dois filhos autistas novamente num filme no feminino algo que foi comum nos anos mais fulgurantes da sua carreira, tem uma boa dimensão espacial, o ritmo spaghetti funciona, a caracterização demasiado satira teatral nem sempre me parece o melhor tom, mesmo assim um regresso interessante.
No cast ter Winslet normalmente e sinonimo de competencia, e assim resulta, mesmo não sendo dos seus papeis mais imponentes, Winslet da sempre intensidade e recursos as suas persoangens, deixando espaço para Davis brilhar mais, num filme tambem mais potenciado para a sua personagem. Weaving num papel que embora diferente penso que é demasiado pensado para os creditos e um Hemsworth que pouco mais consegue do que o basico.

O melhor – O final de Western Spaghetti

O pior – Personagens demasiado comicas para um filme cujo esse elemento era dispensavel



Avaliação - C+

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