Saturday, September 17, 2016

Don't Breath

Sam Raimi conseguiu grande parte do seu sucesso na carreira com o cinema de terror, algo que abandonou para se tornar num realizador mais completo, mas como produtor nunca abandonou o genero dando-nos alguns dos melhores filmes dos ultimos tempos e apostantando em novos realizadores. Um desses é este Fede Alvarez que depois de ter realizado o remake da noite dos mortos vivos aparece aqui com um filme escrito por si que se tornou a grande surpresa do box office com resultados muito consistentes para um filme sem grandes figuras de proa algo que foi potenciado por uma optima recepção critica que o filme também obteve.
Eu confesso que tenho muita dificuldade em ficar maravilhado com filmes de terror principalmente porque me parece que o campo para fazer optimos argumentos quase não existe, e não e este filme que muda isso. Alias o filme quase não tem falas, e é limitado ao jogo do gato e do rato dentro de um curto espaço concretamente uma casa de um cego situado no meio de coisa nenhuma. Mas é certo que fora isto o filme consegue cumprir todos os seus objetivos, alias a sensação de desconforto e claustrofobia do filme é intensa colocando quase sempre os espetadores em termos de sensação no filme e isso é um dos melhores atributos que o filme de terror pode ter, a capacidade de desconcertar o espetador.
Por outro lado, um pouco seguindo o que James Wan faz tambem a capacidade de escolher as melhores imagens para impressionar tambem existe principalmente quando desligam as luzes, tem dez minutos de uma intensidade muito elevada, algo que o filme consegue ter ao longo de quase toda a duração. Do lado mais negativo o facto de o filme não ter uma mensagem a determinada altura o filme é tão negro nas suas persoangens que apenas poderia resultar numa opçao sempre falivel.
Mas num universo de filmes de terror que quase sempre cai em espiritos e sobrenatural este filme é cru, bastante violento, chegando em momentos a ser indegesto, intenso e mais que isso um filme que deixa vestigios fisicos nos seus espetadores, algo que nem sempre pode ser bom, mas que acaba por ser o objetivo maior de cada filme de terror e este filme conseguiu-o como poucos.
Em termos de filme a historia fala de três amigos, assaltantes, que decidem assaltar a casa de um ex veternado de guerra cego, que vai ser tudo menos a pessoa indefesa que a sua condiçao indica.
Em termos de argumento o filme é ainda mais basico do que o normal argumento de terror com fantasmas aqui quase não temos dialogos, pior que isso não sabemos onde as persoangens vem, temos apenas um jogo do gato e do rato, em algumas decisoes entra claramente no exagero o que lhe pode tirar alguma maturidade, mas em termos esteticos o filme funciona.
Alvarez assina aqui um trabalho que lhe da o passaporte para os destaques no terror, consegue transmitir todas as sensaçoes que o filme quer dar muito pelas opçoes, pela cor e pela definçao curta de espaços que o filme, tem, e conseguir perceber tao bem o que pode dar ao espetador principalmente no terror e um feito a sublinhar e Alvarez com o patrocinio de Raimi pode ser um caso serio no genero.
O terror normalmente não e um terreno fertil para grandes interpretaçoes já que pede mais um trabalho fisico do que interpretativo, dai que normalmente os seus interpretes sejam pessoas em inicio de carreira, ou consagrados menos conhecidos, é o que aqui temos. Levy já e conhecida no genero, Minnette tenta dar o salto de juvenil para adulto e este filme pode ser um interessante trampolim.

O melhor – A capacidade de fazer o espetador sentir-se enclausurado

O pior – A simplicidade de um argumento que muitas vezes entra em algum exagero


Avaliação - B-

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