Saturday, January 26, 2013

The Sessions

De há cerca de uma decada para cá que a corrida aos oscares começa bem no inicio de cada ano, com o Festival de Sundance, onde os filmes menores competem pelo seu lugar e de alguma forma os resistentes começam a preparar a sua candidatura, quer sejam vencedores em audiencia ou melhor ainda no grande juri. Este ano se por um lado o grande juri foi para as bestas do sul selvagem o publico foi para este filme, que de algum forma o colocou na corrida para os oscares onde apenas Hunt conseguiu chegar ao fim pese embora criticamente o filme tenha sido bem valorizado. Comercialmente não sendo um produto por si so muito apetecivel, conseguiu mesmo sendo um filme sem distribuição wide obter um resultado visivel mesmo que sem grande expressao
The Sessions é um filme que pese embora tenha sobre si o peso de algo complicado, como uma doença pesada, o facto é que o filme um pouco como a personagem que retrata viva a sua condição de uma forma suave amena, com sentido de humor, e o filme é isso mesmo um filme suave com sentido de humor, bem escrito principalmente nos dialogos entre personagens mas que sempre sabemos tratar de um assunto pesado, dificil de digerir e capaz mesmo de chocar. É neste balanço que o filme tem em si o grande sucesso.
Mas enganem-se se pensam que o filme é sobre a personagem, o filme é mais sobre a forma com que esta consegue satisfazer o seu impulso sexual e ao facto como consegue ultrapassar barreiras, e aqui o filme é mais suave, pois deixa de lado a forma de lidar com a doença, se por um lado esta aposta permite o filme ser mais suave a ao mesmo tempo mais original por outro lado tira-lhe alguma densidade que o podia levar para um valor mais elevado e ser observado mais do que um bom filme, curioso.
O filme é pequeno é verdade mas capta o espectador principalmente na primeira metade do filme, quando tudo é novo quando tudo nos surpeende na personagem e em todas as formas com que acaba por ligar, na parte final torna-se mais repetitivo e algo previsivel, e pensamos que na forma com que relata alguns aspectos o facto de se basear numa auto biografia pode tirar algum realismo ou factualidade a algumas sequencias.
A historia fala de Mark O Brian, um poeta que padece de uma doença que não lhe permite mover o seu corpo pese embora sinta, aqui ele tenta conseguir obter comportamentos sexuais com ajuda especializada, contudo a ligação começa a ser bem diferente e mais intensa de que uma simples ajuda profissional.
O argumento é bem escrito, nem tanto no seu corpo mais mais na forma com que o corpo depois é decorado principalmente em termos de dialogos e na construção e caracterização da figura central, consegue ser divertido mesmo na parte mais negra da vida, os aspectos religisos são também tratados com competencia.
A realização pelo veterano Ben Lewin normalmente mais ligadoà televisão e ao cinema independente dá ao realizador o seu maior sucesso e reconhecimento, não é um filme facil de filmar tendo em conta a condição do protagonista, e nem sempre nos parece filmado da forma mais competente, pese embora a espaços acabe por arriscar com algum primor estetico contudo sem grande resultado. Ao todo parece-nos dos tres elementos centrais o menos forte.
No cast boas escolhas no duo de protagonistas Hawkes tem um papel arrebatador, daqueles papeis escritos para um reconhecimento do actor e que ele aproveita para uma interpretação de alma, com expressão com a debilidade no rosto e com a alegria que a personagem necessita, Hawkes tem um dos pepeis do ano, pena é que o facto de ser tão obvio, e alguma menoridade do filme o tenham retirado precocemente de uma corrida que chegou a pensar poder ganhar, que era a dos Oscares, mas parece que o facto da personagem ser facil de ser competente levou a que o facto de ser convincente e arrebatadora não ludibriasse os tradicionais que pensaram que o segredo era o papel e não a interpretação. Com isso ganhou Hunt, que devido à sua presença e carisma conseguiu a nomeação numa categoria mais facil, mas pese embora esteja em bom plano parece-nos longe do seu colega de reparto.

O melhor - O balanço entre a dureza das circunstancias e a suavidade do astral do filme.

O pior - Ser repetitivo na sua segunda metade.

Avaliação - B-

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