
The Sessions é um filme que pese embora tenha sobre si o peso de algo complicado, como uma doença pesada, o facto é que o filme um pouco como a personagem que retrata viva a sua condição de uma forma suave amena, com sentido de humor, e o filme é isso mesmo um filme suave com sentido de humor, bem escrito principalmente nos dialogos entre personagens mas que sempre sabemos tratar de um assunto pesado, dificil de digerir e capaz mesmo de chocar. É neste balanço que o filme tem em si o grande sucesso.
Mas enganem-se se pensam que o filme é sobre a personagem, o filme é mais sobre a forma com que esta consegue satisfazer o seu impulso sexual e ao facto como consegue ultrapassar barreiras, e aqui o filme é mais suave, pois deixa de lado a forma de lidar com a doença, se por um lado esta aposta permite o filme ser mais suave a ao mesmo tempo mais original por outro lado tira-lhe alguma densidade que o podia levar para um valor mais elevado e ser observado mais do que um bom filme, curioso.
O filme é pequeno é verdade mas capta o espectador principalmente na primeira metade do filme, quando tudo é novo quando tudo nos surpeende na personagem e em todas as formas com que acaba por ligar, na parte final torna-se mais repetitivo e algo previsivel, e pensamos que na forma com que relata alguns aspectos o facto de se basear numa auto biografia pode tirar algum realismo ou factualidade a algumas sequencias.
A historia fala de Mark O Brian, um poeta que padece de uma doença que não lhe permite mover o seu corpo pese embora sinta, aqui ele tenta conseguir obter comportamentos sexuais com ajuda especializada, contudo a ligação começa a ser bem diferente e mais intensa de que uma simples ajuda profissional.
O argumento é bem escrito, nem tanto no seu corpo mais mais na forma com que o corpo depois é decorado principalmente em termos de dialogos e na construção e caracterização da figura central, consegue ser divertido mesmo na parte mais negra da vida, os aspectos religisos são também tratados com competencia.
A realização pelo veterano Ben Lewin normalmente mais ligadoà televisão e ao cinema independente dá ao realizador o seu maior sucesso e reconhecimento, não é um filme facil de filmar tendo em conta a condição do protagonista, e nem sempre nos parece filmado da forma mais competente, pese embora a espaços acabe por arriscar com algum primor estetico contudo sem grande resultado. Ao todo parece-nos dos tres elementos centrais o menos forte.
No cast boas escolhas no duo de protagonistas Hawkes tem um papel arrebatador, daqueles papeis escritos para um reconhecimento do actor e que ele aproveita para uma interpretação de alma, com expressão com a debilidade no rosto e com a alegria que a personagem necessita, Hawkes tem um dos pepeis do ano, pena é que o facto de ser tão obvio, e alguma menoridade do filme o tenham retirado precocemente de uma corrida que chegou a pensar poder ganhar, que era a dos Oscares, mas parece que o facto da personagem ser facil de ser competente levou a que o facto de ser convincente e arrebatadora não ludibriasse os tradicionais que pensaram que o segredo era o papel e não a interpretação. Com isso ganhou Hunt, que devido à sua presença e carisma conseguiu a nomeação numa categoria mais facil, mas pese embora esteja em bom plano parece-nos longe do seu colega de reparto.
O melhor - O balanço entre a dureza das circunstancias e a suavidade do astral do filme.
O pior - Ser repetitivo na sua segunda metade.
Avaliação - B-
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