Depois do sucesso critico e extrovertido que Martin Mcdonagh conseguiu com o seu inicial In Brugge que muitos ansiavam pelo seu novo titulo para perceber se continuaria com o mesmo estilo descontraído e desconcertado, pois bem com o lançamento de Seven Psycopaths percebeu-se de imediato que o filme tenha entrado no gosto da mesma critica que gostou do seu primeiro filme levando a querer que o estilo estaria semelhante, contudo em termos comerciais e com mais visibilidade e distribuição os resultados foram ligeiramente superiores para um filme que não e produzido para grandes salas mas os resultados foram no minimo positivos.
Desde logo começo por dizer que não fui um entusiaste de In brugge achei-o original politicamente incorrecto mas pouco mais, contudo desde já começo por dizer que a qualidade e o desconcerto do filme aumentou bastante neste ainda mais estranho e peculiar Seven Psychopats alias o filme é uma montanha russa de personagens, dialogos absolutamente inacreditaveis que nos faz uma das melhores comedias negras que há memoria, com uma mistura de humor duro, e um non sense como à muito não estávamos habituados com a dialogos a um nivel que demonstra bem a filosofia Tarantino presente mas com mais descontração e comicidade.
O grande segredo do filme é que mesmo sendo sobre assassinatos e sobre fazer um filme as personagens na sua esquizoude são absolutamente tremendas e funcionam principalmente em termos de humor, de um filme original creativo, louco, mas que nos diverte de principio a fim como poucos o fizeram nos ultimos tempos, talvez com uma realização mais proxima do que efectuou em In Brugge em termos de estetica podessemos ter aqui um candidato mais forte aos premios se bem que o estilo nunca o permitia ser um candidato assumido ja que não e um filme para todos.
Assim fica um dos registos mais desconcertantes do ano, um dos filmes que mais bem escrito e narrativamente interessante apareceu neste mesmo ano com alguns dos melhores dialogos sequencias sem sentido, e alguns pormenores de realização, que tornam um filme completo se bem que num estilo muito proprio, mas que com o tempo perceberemos que é dos mais faceis de agradar.
A historia fala de um argumentista de cinema que quer efectuar um filme com o titulo sete psicopatas ai entra numa panoplia de situações com um seu colega, que não passa de um sequestrador de cães que o vai conduzir a ter que fugir do terrivel chefe da mafia, A historia é confusa e louca como todo o filme mas vai ver que no pormenor tudo fica bem.
O argumento pode ser algo solto na historia de base, pouco coesa ou mesmo pouco relevante para o filme ja que a importancia deste argumento esta nos pormenores nas situações narrativamente criadas, ou então e acima de tudo nos dialogos absolutamente divinais, com personagens interessantissimos que faz no total um dos argumentos mais bem escritos e proprios do presente ano.
A realizaçao nao e tão brilhante com In brugge parece mais calmo, parece não tanto virado para um cunho pessoal, mesmo assim em determinados pontos o filme funciona como na historia do Quacker ou na forma como exagera no sangue nas sequencias mais violentas, mas não e o vector mais funcional do filme.
O cast é excelente com duas das melhores prestações em termos de comedia do ano, com particular destaque para Rockwell um actor que cada vez mais consegue nos surpreender em estilos diferentes mas ninguem é extrovertido ou tem a naturalidade que este tem, num papel que merecia mais reconhecimento, Harlsson tambem funciona bem mais dentro do seu estilo mas que encaixa como nunca na sua personagem desenhada para si. mençoes honrosas ainda para os bons papeis de Farrel e Walken que caso estivessem mais vezes a este nivel teriam nos utlimos tempos uma carreira bem mais valorizada.
O melhor - A personagem e interpretação de Sam Rockwell
O pior - A conclusão podia ser mais epica.
Avaliação - B+
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