Starring: | Daniel Craig, Naomi Watts, Rachel Weisz, Rachel Fox |
Directed by: | Jim Sheridan |
Olhando para a ficha técnica acima descrita a expectativa de ver o filme não podia ser maior, desde logo porque marca o regresso de Sheridan, e acima de tudo porque o acompanha uma serie de actores de primeira linha, do panorama cinematográfico actual. Pese embora todos estes ingredientes, eis que os primeiros resultados começaram a não ser animadores com a critica a ser algo negativa para com o filme, e comercialmente no primeiro fim de semana, não ir além do sexto lugar no box office americano.
Dream House é antes de mais um filme fora de sitio, por não ser comum olhar para o seu realizador e acima de tudo para o seu protagonista num filme como este em que o peso do oculto e sobre natural está presente. Contudo e após observarmos o filme, penso que as criticas ao filme não são justas desde logo porque o filme consegue mesmo depois de revelar o seu grande segredo conseguir manter a intensidade para a sua verdadeira conclusão. Contudo é nesta ultima que reside o grande calcanhar de aquiles do filme, depois de gasta a sua grande realidade o filme necessitaria de um final em grande para o espectador sair da sala com aquela boa sensação de surpresa e aqui nada disto acontece, muito por culpa de um atalho fácil numa narrativa que até então tinha muitos pontos interessantes.
Dream House nunca será uma obra maior, como as obras de puro engano ao espectador nunca o são, contudo parece-me um filme competente, e que mesmo que nunca se eleve para uma patamar além do entretenimento puro, o que é pouco usual em Sheridan, é daqueles filmes que para o seu próprio género tem muitos pontos positivos, principalmente motivados pela coerência do guião e a qualidade dos seus interpretes.
O filme fala de uma família, que após mudar para uma nova casa, começa a perceber que na mesma anteriormente tinha ocorrido três assassinatos, começando a existir uma serie de movimentos suspeitos, que conduzem a família à procura do segredo que a casa esconde.
O argumento pese embora tenha um ponto de partida simples, como que anteriormente foi descrito, na sua concretização torna-se algo completamente diferente uma vez que prefere o real não esquecendo a sua parte sobrenatural, trabalha bastante na complexidade do seu protagonista, apenas parecendo algo descuidada a qualidade dos diálogos um pouco superficiais.
Sobre a realização dizer que Sheridan não joga no seu terreno habitual e tem de fazer uso de mais meios do que propriamente está habituado, e isso parece-nos pouco trabalhado ainda, num realizador mas centrado em filmes de personagens e com teor politico.
Por fim o cast, uma das mais valias do filme, principalmente pela complexidade e capacidade interpretativa de Craig, que consegue facilmente se adaptar a qualquer papel e acima de tudo a qualquer circunstancia do seu personagem. Weisz e Watts mesmo não sendo colocadas à prova estão a um nível razoável.
O melhor - A intensidade até à primeira revelação
O pior - Depois disso o filme perde até um atalho final decepcionante.
Avaliação - B-
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