Friday, August 26, 2011

Everything Must Go


É estranho olhar para um filme que conta com Will Ferrel e Rebeca Hall e pensar que este filme não teve qualquer tipo de luz da ribalta, estreando de forma totalmente despercebida em poucos cinemas norte americanos. Ainda mais estranho é observar que se trata de um filme com narrativa forte que tão pouco conduziu os estúdios a apostarem nele numa awards season, o que posteriormente se veio a demonstrar como uma opção plausível, uma vez que também a critica esteve longe de ficar agradada com o filme em questão.

Everything must go é um bom filme bem escrito mas ao mesmo tempo com toda a certeza em si de que é um filme pequeno e cujas ambições são limitadas. Desde inicio percebemos que estamos perante um filme de personagem, não a mais simpática persoangem, mas sim uma personagem honesta que rapidamente demonstra a tudo a sua volta a forma como esta a pensar.

O filme tem este ponto como importante, a própria evolução / degradação da personagem parece desenvolver-se no grau necessário que o filme precisa, mesmo que o fio narrativo nem sempre seja o mais directo possível, é daqueles filmes que tem uma filosofia inerente que acaba por fortalecer os valores individuais do próprio filme.

A historia fala-nos de um vendedor, com graves problemas com alcoolismo, que apos mais um episodio acaba por ser despedido, ao regressar a casa observa que a mulher pos-lhe literalmente as malas à porta, o que o coloca numa vida sem rumo, onde o próprio vai lutar para encontrar qualquer tipo de coisa para se agarrar.

Não e daqueles filmes cujo o argumento e de uma riqueza narrativa sem precedentes, contudo no pouco que tem o filme é forte na densidade que oferece a sua persoangem central e acima de tudo na forma como permite que este obtenha diversos bons diálogos com toda a gente a sua volta.

A realização não e brilhante mas e silenciosa um pouco como o próprio filme, não encanta mas e efectiva, o que para um estreante já com tantas estrelas nem sempre e fácil, conseguir manter o estilo próprio de um filme como este.

O cast e um bom cast Will Ferrel surpreende no seu lado bi polar, mas acima de tudo na sua capacidade dramática nem sempre potencializada nos seus filmes, o que também consegue em simbiose ligando-se em grande escala a forte presença de Hall, uma das melhores actrizes da actualidade e com necessidade de mais atenção por parte de tudo e todos.

O melhor – Os diálogos da personagem central

O pior – Ser demadiado silencioso na parte final narrativa.

Avaliação – B-

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