Starring: | Michael Stuhlbarg, Richard Kind, Fred Melamed, Sari Lennick, Peter Breitmayer |
Directed by: | Joel Coen, Ethan Coen |
A cadencia cinematografica dos irmãos Coen e algo de impressionante, a realizar e a produzir filmes a um ritmo alucinante, pelo menos um por ano, o certo e que nos ultimos anos e principalmente apos No Country for old man tem conseguido sempre incotir no seu ritmo filmes capazes de agradarem a critica, mesmo quando se trata do seu cinema mais initmista e menos de estudio como este peculiar Serious Man. Contudo num produto claramente menos comercial e mais de autor a dificuldade natural esta em ser visto, e aqui claramente estamos num produto noir dos irmaos coen e portanto menos proximo do publico.
O mal do cinema dos irmaos coen, nesta vertente mais indie, e mais initmista e que qualquer pessoa tem dificuldade em atingir nao so o proposito do filme, mas tambem a linhagem e o caminho da historia, alias neste filme isto e tao gritante que a maior parte do tempo o espectador anda a procura do seu lugar na historia ou mesmo no rumo que o filme vai tomar. E indiscutivel que o filme tem cunho de autor e bem realizado, tem bons momentos traduzidos em dialogos conseguidos, ou mesmo a profundidade moral enraizada na personagem esta bem montada, contudo a complexidade com que o filme e artilhada a dificuldade em simplificar ou mesmo as ligaçoes paralelas entre segmentos torna-o dificil de digerir e ainda mais dificil de ser devidamente aperciado.
Resta-nos defender que mesmo no seu terreno mais proximo, ja tivemos irmaos coen mais felizes em filmes como Fargo, onde a comedia e mais forte onde se assume como genero, aqui o silencio ambiguo de alguns momentos dificulta esta qualificaçao, onde as sequencias com os mais novos permitem aos poucos ligeiras aproximaçoes ainda que tenues.
O filme fala de um jovem professor claramente em mal com a vida, dedicado a cuidar de um problematico irmao, em final de casamento, com filhos extremamente complicados e com um caso de um aluno a tentar suborna-lo para recuperar de ano, e acima de tudo uma forma que tenta ao maximo ser a mais seria de estar no mundo.
A nivel de argumento ja tivemos irmaos coen mais convincentes e felizes nos aspectos principais do argumento, e mesmo que a personagem central seja bem criada tudo a volta nao nos parece tao bem trabalhado, principalmente na forma como tenta fugir do normal o que nao acaba por ser natural, os dialogos bem trabalhados, nao surpreendem e nao tem a capacidade de vincar como teve por exemplo nos seus dois ultimos filmes.
A realizaçao tem bons momentos, principalmente na forma como trabalha a conjectura de contexto cultural diverso e complicado e consegue inserir o filme por completo naquele universo, nao e o trabalho mais vistoso deles, mas neste segmente nao fica muito aquem dos titulos anteriores.
Nesta aventura e ao contrario das anteriores os Coen puseram, de lado todas as estrelas ou mesmo actores conhecidos do publico para este filme, assumidamente mais modesto apostaram em actores desconhecidos de origem judeia, onde todo o filme e dominado pelo protagonista, Stulhbarg, tem um dos melhores papeis do ano, e pode ser mesmo considerado uma das revelaçoes positivas a nivel de interpretaçao e a grande descoberta e ponto positivo do filme, pode falhar a nomeaçao para o oscar mas e serio candidato ao globo de ouro em comedia
O melhor - A conjectura cultural muito bem criada
O pior - A dificuldade do filme se aproximar do publico
Avaliação - B-
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