Wednesday, January 27, 2010

The Road

Quando um filme com o catalogo de oscarizavel adia a sua estreia um ano, das duas uma, ou tem a força suficiente para se manter durante um ano, com esse catalogo, ou a expectativa se esvai e o filme estreia silenciosamente, e com pouco vigor critico. Este ano The Road foi dos casos em que não conseguiu manter o vigor, acabando por se tornar num registo critico mediano, mas algo dividido, e também pouco apelativo em termos comerciais.
The Road sofre de um problema de génese, que é o facto de ser demasiado reflectido sobre si próprio, ou seja por vezes sofre alguns problemas na sua capacidade de acelarar os processos, e torna-se tudo demasiado moroso. E isso faz o filme perder intensidade. Grande parte das sequencias são demasiado isoladas, que servem para nos fornecer a vertente apocalíptica que o filme quer fornecer, mas por outro lado não lhe da a dinâmica relacional que um filme de grande alcance pode atingir, parecendo algo castrador de desenvolvimento.
Não e um filme fácil de se gostar, muitas vezes acaba por ser um filme feio, contudo isto acaba por funcionar no clima que o filme quer traduzir, a determinada altura o filme acaba por ser a tranfiguraçao perfeita da ideia que nos temos do fim do mundo. Contudo em termos narrativos o filme e sempre muito pobre, com pouco desenvolvimento,tendo como principal exponente a forma como traduz o limite da condição humana, e a componente estética
O filme fala de um pai, que após uma espécie de apocalipse, acaba por ficar reduzido a um único objectivo, salvar o filho dos ataques de todos os outros homens, todos eles dotados pelo contexto a uma condição quase de besta.
O argumento ate parte de uma ideia engraçada, contudo capitaliza-a quase sempre de uma forma pouco complexa, não consegue dar grande dimensão as personagens e isso reflecte-se na incapacidade dos diálogos, o que torna-o quase por metáfora num filme algo silencioso
A realização e complexa e extremamente difícil, querer dar uma vertente e uma imagem apocalíptica e quase sempre desejada mas quase sempre ineficaz, contudo e neste particular que o filme passa com distinção, na forma como nos da uma imagem de destruição
Em termos de cast o filme não vacila, Mortensen e o ideal para este registo, exigente em todos os aspectos mas principalmente dinâmico em termos de disponibilidade física, particular onde o actor não tem quase comparação. E um papel exigente, não dos mais vistosos e admirados do actor, mas por outro lado um bom registo. Em termos de secundários, registo para uma aparição imponente de Duvall que com mais tempo no ecrã podia lutar por prémios.

O melhor – O Clima de apocalipse criado

O pior – A falta de intensidade narrativa

Avaliação – C+

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