Wednesday, March 05, 2008

Love in the Time of Cholera




Poucos foram os romances de grande renome que forma grandes sucessos do cinema, primeiro porque as expectativas estão sempre elevadas, e depois porque muita da leitura extensiva e dos promenores literarios ficam sempre diminuidas em 120 minutos de filme. Contudo surgiu algum celeuma, quando se percebeu que seria o academinsta Newell a ser responsavel por um filme como esta, a fidelidade a obra em deterimento de uma adaptaçao livre estava garantida. Contudo e mesmo tendo conseguido uma boa distribuçao a limitaçao dos cinemas logo deu a pereceber que o filme nao seria o sucesso do livro, e que talvez o filme nao conseguisse ser assim tao bem recebido. A critica nao gostou da forma como viu o romance adaptado, e o publico seguiu-lhe os passos, nao conseguindo o filme cumprir os seus principais propositos.

Confesso que depois de ler as criticas ao filme me assustei com o possivel desastre que poderia presenciar, é logico que pela riqueza sentimental do livro em momento algum o filme poderia chegar a esse nivel, e que talvez sem estes a historia nao faz muito sentido. Newell por um lado consegue fazer o filme resultar no seu romantismo, e na dinamica apaixonada com que filma, contudo não consegue preencher os vazios de uma obra demasiado literaria e que parecerá sempre vazias na frieza das imagens.

O filme no plano emocional e bem conseguido consegue com grande facilidade criar ligações e provocar sentimentos no espectador, no plano de conteudo o filme tem algumas quebras principalmente temporais, a opçao de manter sempre os mesmos actores e duvidosa e nao favoreça a contextualizaçao temporal do filme.

Tambem a grandiosidade produtiva fica um pouco a quem, raramente num filme com um semblante tao romantico conseguimos assestir a uma beleza fotografica das imagens que sao transmitidas.

Mas o ponto mais indiscutivel e o facto do filme ser perseguido pela obra genial de Marquez, e ai que seja sempre algo negativista, contudo parece-nos que a analise isolada ao filme, nos da uma obra conseguida sem brilhar.

O argumento tinha para si a tarefa mais dificil, concentrar uma das obras mais lidas da actualidade e com uma complexidade descritiva impressionante num filme com pouco mais de duas horas, consegue capturar por momentos, sem conseguir transportar a complexidade e a qualidade da obra e das personagens, ficando aquem do esperado, embora nos pareça que fosse dificil fazer melhor.

newell e um dos realizadores mais academicos do reino unido, com ele teremos sempre a garantia de fidelidade aos espectadores, contudo nesta obra e de um ponto de vista mais exclusivo da realizaçao, parece-nos que maior risco, maior qualidade da capturação de imagens seria positivo, o que acaba por nao suceder.

O cast quase por completo latino, transporta o filme para uma realidade mais proxima daquilo que idealizamos do livro, bardem e um protagonista, que tem um papel dificil, mas nao impressiona na sua criação, demasiado repetitivo, falta algum fulgor ao actor que tanto nos encantou em No Country For old Man, e que consegue bem melhor que isto. Os louvores vao na plenitude, para Mezzogiorno, a desconhecida italiana, domina todas as sequencias que entra, facilitada pela maioria delas ser partilhadas com as limitaçoes de sempre de Bratt.


O melhor - Capaz de transmitir o romantismo do livro.


O pior - Mas nao atinge um terço da profundidade deste.


avaliação - B-

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