Tuesday, January 15, 2008

PS. I Love You




Os filmes romanticos nos ultimos tempos tem pecado por uma incapacidade de serem-no na sua essencia, tendo-se dividido por comedias, algo fisicas e com pouco sentimento, ou entao o oposto, o melodrama extenso em filmes pastosos, demasiado sentimentalistas, que entra quase em histerismo, existindo dificuldade em deliciarmos perante uma historia intensa de amor que nao seja nenhum destes polos. E tambem nao e neste filme que conseguirmos isso, sendo este um dos maiores exemplos do segundo, e aqui foi prejudicado quer do ponto de vista da critica que foi muito negativo relativamente ao filme, e mesmo a nivel comercial onde os resultados apesar de tudo acabaram por ser medianos.

O filme é um exemplo de um dramatismo puro, pautando sempre por uma toada negativista e saudosa do amor, num filme triste, apesar de romantico, mas que se transforma rapidamente num melodrama pastoso, quase penoso, sem ritmo, com um conjunto de sequencias com muito pouca piada, que nao consegue em momento algum tornar o espectador alegre e sentir prazer com aquilo que esta a visualizar... alias este ponto e o grande erro do filme, a incapacidade de nao conseguir ter conteudo para ser forte narrativamente nem conseguir em momento algum funcionar do ponto de vista de entertenimento.

Os poucos momentos com ritmo do filme pecam pelo histerismo desmedido, centrado acima de tudo na personagem de Lisa Kurdow, em alguns momentos o filme articula como se de uma novela se trata-se, faltando criatividade alma e intensidade a um filme aborrecido e acima de tudo com baixo astral.

A historia com outro contorno podira ser apelativa, uma viuva segue uma serie de mensagens do seu marido para retomar a sua vida, contudo todo o recheio desta historia e penoso, pouco articulado, pouco interessante, tornando uma boa ideia num autentico vazio, como se de um ovo de chocolate oco se trata-se.

O argumento e aquele que mais peca, nao conseguindo nunca equilibrar os pontos da balança, nem o drama nem a comedia, nem a profundidade nem o sentimentalismo, nem a moralidade que assume, parecendo sempre perdido na direcçao que quer tomar ao filme. As sequencias sao extremamente lineares quase nunca creativas, com uma serie de personagens unidimensionais, que apesar de bem caracterizadas nunca sao bem exploradas.

O realizador tem um ano algo dual, se por um lado atingiu um bom nivel num repetitivo Freedom Writers pela sua pouca ambiçao, consegue o contrario neste filme claramente mais ambicioso, peca na altura de lançamento do mesmo, talvez delirando com umas possiveis nomeaçoes, o certo e que este realizador apesar de ter alguma força na forma como efectua os seus filmes, dá indicadores de nao possuir um dom creativo que o faça esperar um futuro garantido em Hollywood.

O cast Swank e das actrizes galardoadas aquela que talvez menos consegue responder aos premios que ganha, ja tinha sucedido no primeiro oscar tornando-se mais visivel com o segundo. Com a idade que tem e curriculo, poderia ser a actriz de referencia, mas insiste em passear-se por filmes de qualidade dubia que em nada poe em pratica as excelentes capacidades da actriz, sendo os exemplos mais obvios este fraquinho filme, e o odioso The Reaping. Ao seu lado um actor mais apetrechado para estes personagens mais basicos, Butler, ganhou carisma em fantasma da opera e principalmente em 300, mas parece ter dificuldades interpretativas claras principalmente em expressoes faciais, que contrapoe com uma capacidade interpretativa vocal de grande qualidade sendo isso muito notorio ao longo de todo este filme.


O melhor - Os momentos musicais de Butler


O pior - O melodrama pastoso da maioria de todo o filme.


Avaliação - C-

No comments: