Saturday, January 05, 2008

The Bucket List




Um filme com Nicholson e Freeman, e a mesma coisa que ver um concerto dos Rolings Stones, mesmo que o alinhamento esteja longe daquilo que desejamos e sempre um marco para a arte. O projecto a nivel de casting e ambicioso, e serve um pouquinho para retrospectivar o que foi um puquinho a carreira destes dois monstros, sendo que o filme e um pouquinho isto, ou seja uma forma suave de contracenar os dois papeis mais habituais desempenhados por ambos, em confronto directo.

Apesar da altura em que saiu o filme so ao de leve pescou o olho aos premios, sendo que dificilmente poderia combater a este nivel, no que diz respeito ao seu exito comercial so depois da sua expansao poderemos perceber a magnitude dos resultados, embora os primeiros balanços ainda verdes sejam medianos.

Bucket List e um filme sentimentalista, que seria quase lamechas nao fosse desempenhado por actores deste nivel, ja que a grandiosidade do filme esta totalmente na quimica que estes dois actores distintos constroem ao longo do filme. E apesar do sentimentalismo romantico, da ideologia toda que o filme transmite, estamos sempre a prespectivar mais que algum idealismo um filme sobre a construçao da amizade e valor da vida, num filme suave, simples, mas eficaz na maioria dos seus propositos.

Talvez todos esperacem ver esta parelha num filme mais denso, mais dramatico, mais forte, certo e que ambos estao na fase final das suas carreiras e por vezes e necessario estas reflexoes sob a forma de trabalho.

Bucket List conta a historia de dois doentes terminais que apos uma convivencia num hospital resolvem fazer aquilo que deveriam ter de fazer antes de morrer em conjunto, o filme na parte intermedia torna-se algo facil, sem grande enredo que engloba-se o divertimento das personagens, contudo mesmo a forma como a narrativa ganha desenvolvimento esta longe de grande creatividade limitando.se ao evoluir natural de qualquer comedia dramatica minimamente bem estabelecida.

Por vezes o filme parece cair num sentimentalismo exagerado, que o faz perder alguma concentraçao na forma como a historia se desenvolve, perdendo o filme a maturidade que o podia levar para outros patamares bem mais elevados de avaliação.

O argumento e funcional, principalmente nas dinamicas sentimentalistas, e por conjugação comerciais do filme, as personagens sao muito bem criadas e interagem perfeitamente entre si, ao qual contribui a quimica criada pelos actores, nem sempre no desenvolvimento das historias familiares a criatividade parece estar presente.

Reiner e peixe na agua neste tipo de comedias mais tradicionais com toque dramatico, alias fez toda a sua carreira neste aspecto e como com os actores, o filme e um exercicio de reflexao, Reiner observa e lentifica os planos, dando a sensação de estar dentro da quimica dos actores.

O cast e brilhante, Freeman e Nicholson desenvolvem as personagens ao seu estilo mais tipico, e certo que nenhum pela linearidade do filme tem espaço para dar o seu brilho, entrar nos seus registos mais fortes, mas ambos são especiais e no filme isso nota-se principalmente na quimica que desenvolvem nas suas personagens, tudo o restante neste aspecto e residual


O melhor - A profundidado dos ultimos minutos.


O Pior - A narrativa familiar nem sempre se encontra sob a luz da creatividade


Avaliação - B-

No comments: