Sunday, January 13, 2008

Across the Universe




Demorou os anos, ate conseguirmos visualizar uma obra que tenta seguir a originalidade e o brilhantismo criado por Moulin Rouge, quem sabe porque mesmo com a formula descoberta nao seria facil de fazer um filme deste genero, e acima de tudo porque a fronteira entre a obra prima e o desastre neste tipo de casos e bastante proxima. Dai que quase sem grande alarido este across the universe, algo receoso saiu sem grande aparato, contudo a sua originalidade vincada no conceito chamou a atençao de um filme que surpreendeu positivamente na sua força comercial, muito acima das expectativas, e nesta altura nos premios onde conseguiu a sempre valorizada nomeaçao para melhor filme, comedia ou musical para os globos de ouro.

E obvio que obras como Moulin Rouge aparecem uma em cada dez anos, e nao e facil, repetir o conceito, mas e de longe o filme que mais se aproximou, numa logica semelhante pegando nos maiores existos dos beatles tenta construir uma narrativa que de aso a interpretaçao dessas mesmas cançoes num filme todo ele musical. Depois dois aspectos que o difrenciam por um lado o caracter mais actual e historico do filme, que por vezes entra numa excentricidade sem grande noção da realidade, embora nos pareça que neste ponto a exigencia estivesse algo mais elevada. E depois na profundidade e riqueza narrativa, claramente mais basica. Alias o filme em determinado ponto torna-se tao linear que desprediça o bom incio narrativo que poderia ter conduzido a estarmos perante uma obra de grande mestria, que acaba por fim por ser apenas uma bom exercicio criativo traduzido num bom filme.

A historia conta a paixao entre um jovem ingles de classe baixa, com uma jovem americana de classe alta, passando toda a epoca da guerra do vietnam e das consequencias sociais e revolucionarias da mesma, conjugando o aspecto emocional com o historico o filme e forte perdendo apenas na densidade narrativa algo desaproveitada.

O argumento e dificil de construir, nao so porque tem de articular o guiao com as letras musicais dos beatles com uma narrativa romantica forte, tendo ainda que introduzir os aspectos sociais, historicos e politicos que contextualizam o filme, se na primeira meia hora o filme nao encontra dificuldade na articulaçao nao consegue na segunda fase manter a mesma dinamica, caindo depois em articulações algo dubias, que culminam num epilogo ja sem chama.

A realizaçao de Taymor vem confirmar a riqueza visual da realizadora ja demosntrada no Biopic de Frida, e uma das senhoras de Hollywood, talvez valorizando em demasia a componente estetica em deterimento de uma maior dimensao dos filmes.

No cast e ainda mais gritante as semelhanças com Moulin Rouge principalmente nas interpretaçoes vocais e tonalidade de voz, sendo no protagonista masculino algo colado, ja em Wood demonstra mais creatividade, contudo nao e neste segmente que o filme tem os seus pontos mais fortes talvez por falta de grandes nomes.


O melhor - O risco ganho num conceito so para alguns.


O Pior - Nao conseguir articular todos os propositos apartir de determinada parte do argumento.


Avaliação - B

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