Sunday, December 23, 2007

Elizabeth: The Golden Age




É pouco usual encontrarmos um Bipic com sequela, já que normalmente as homenagens e as historias retratadas conseguem ser integradas e apenas tem logica num unico filme. Dai que so uma vida interessantissima conseguiria este feito. E uma das unicas personalidades historicas que poderia dar o mote a isto, era mesmo a rainha Elizabeth, que à alguns anos atras conseguiu surpreender a critica com um filme inteligente e intenso, eis que alguns anos depois, o mesmo realizador e acima de tudo a mesma protagonista, dao vida de novo para esta personalidade, numa fase diferente da sua vida. Contudo o filme parece-nos surgir fora de tempor, primeiro porque talvez o mundo cinematografico não tivesse a confirmaçao do talento de kapur, e depois porque esta inovação poderia soar a tentativa de sucesso facil. E o que se sucedeu foi que o filme esteve longe de obter boas criticas, sendo mais uma vez valorizado a interpretaçao de Blanchet, sendo que resultados comericiais foram ainda mais deprimentes.

A toada do filme é bem definica pegar no contexto do primeiro filme e fazer a criaçao de outro momento historico de grande densidade, neste caso as lutas religiosas com Espanha, e acima de tudo mais uma vez centrar-se nas paixoes e desaventuras amorosas que resultaram na sua permanencia como solteira.

è verdade que o filme tem muito menos densidade narrativa do que o primeiro, que a intriga e muito menos rica, que parece ter estudado muito bem o sucesso do primeiro filme, e tentar potenciar aquilo que de mais valorizado este teve, contudo não conseguiu balançar este aspecto, perdendo demasiado tempo neles e claudicando por vezes a evolução da narrativa abordada. O paralelismo narrativo, entre as componentes pessoais e de estado de Elizabeth, apesar de bem articuladas nem sempre funcionam, fragmentando por diversas vezes o argumento.

Contudo mesmo assim, sem ser um filme brilhante, ou mesmo um filme grandioso como o primeiro, acaba por ser um filme competente, com uma magnifica dimensao produtiva.

O argumento do filme está longe de ser excelente, primeiro porque se perde em dar carisma a uma personagem ja carismatica por si só, e depois porque lhe custa a definir os interesses e as personagens secundarias, que acabam por ser sempre figuras conhecidas com motivações enigmaticas.

A realização de Kapur, é de alto nivel, quer nos planos de blachet, quase sempre artisiticos, que poderiam resultar nas obras mais perfeitas de Boticceli, que na forma quase semelhante com que filma as sequencias de acção, e acima de tudo na forma como o filme e produzido e desenvolvido. Denota-se taltento, parece e nao conseguir arrancar para uma carreira mais conceituada e com fulgor.

Quanto ao cast, kapur nao arriscou e nada melhor do que manter os bastioes da mesma equipa, Blanchet regressa ao papel que lhe valeu grande notoriedade e acima de tudo a primeira nomeaçao para o oscar e encontra-se outra vez em grande nivel de excelencia e que provavelmente lhe podera valer nova nomeaçao. Rush encontra-se mais uma vez num bom nivel, Contudo o brilho mais supreendente do filme vai para a beleza angelical de Cornish, que demonstra todos os atributos para ganhar gradualmente mais espaço em Hollywood. No ponto de vista mais negativo, Owen, estamos habituados a mais presença e brilho.


O melhor - A forma como Blanchet e filmada.


o Pior - Faltalhe alguma densiada epica


Avaliação - C+

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