Depois de ter estreado com estrondo no ultimo festival de Veneza esta obra de autor foi ganhando espaço nas apostas para os oscares ate se tornar no alvo a abater. Nos ultimos tempos algumas polemicas relacionadas com a utilizaçao de AI colocaram algumas duvidas no caminho que parecia triunfante como o melhor filme do ano, mas a luta mantém-se principalmente porque as criticas foram impressionantes. Do ponto de vista comercial, um filme com uma duração de mais de tres horas e meia afasta sempre e os resultados poderão ser comercial curtos para um candidato a premios.
Sobre o filme a primeira coisa que se pode dizer é que o filme não e minimamente aborrecido, que vai lançando intriga consequente, que fica a ideia que ate demais e que por vezes alguns pontos sao deixados em aberto mesmo que fique a clara ideia que isso e propositado. O filme tem um significado interessante e atual sobre as dificuldades da emigraçao e a utilização dos mesmos por classes superiores para exercer poder. O filme e claramente eficaz nessa mensagem embora seja mais que isso.
Tambem no ponto de vista de estetico a realizaçao do filme e incrivel e original do primeiro ao ultimo minuto, a forma como começa, confusa mas simbolica, a capacidade de ser original na introduçao e mesmo no final, o intervalo pensado, a forma como o som e ator principal do primeiro ao ultimo minuto, ao longo de mais de tres horas e meia faz do filme um objeto gigante, tecnicamente irrepreensivel e surpreendente.
O que poderá ser o lado mais debil do filme, ainda assim forte é o argumento, fica a ideia que o filme alimenta demais a chama e fica sempre a sensação que fica algo por dizer, algo por saber, num filme tao grande isto pode parecer estranho. Sem duvida e um dos melhores filmes do ano, talvez o mais perfecionista, se calhar nao o que melhor entertem ou prende o espetador.
A historia fala de um arquiteto judeu hungaro que embarca para os EUA em busca de sucesso deixando para tras os horrores da II guerra mundial. Entre avanços e recuos conhece um rico e impulsivo empresartio que acaba por o ajudar a desenvolver o seu trabalho.
O argumento do filme tem muitos temas, o da emigraçao o mais simbolico e atual, mas tambem vai a procura do contexto historico de cada momento. Nas personagens o filme aborda diversos problemas com diversas pontas, consegue atar todas embora parece que em algumas com demasiados atalhos.
Corbert e o heroi do filme, a forma como pensou um filme tao grande, ao detalhe, a forma como esteticamente o filme surpreende mais de tres horas. A originalidade das suas escolhas fazem com que so um desastre o oscar de melhor realizador. Uma carreira em crescendo de um dos valores seguros de Hollywood e ainda jovem.
O cast e muito eficaz, fica a ideia que Brody se calhar e demasiado proximo na disponibilidade fisica ao que fez em Pianista. A personagem e intensa, tem tres horas de duração, é eficaz mas podera perder por ja o termos visto num registo proximo. Jones quando entra domina o filme, uma excelente atriz que parece ter perdido por momentos o espaço maior de hollywood que regressa com sucesso. Pearce e muito convincente na sua construção, e as nomeaçoes todas aleas sao naturais, embora fique a ideia que tirando Jones, nenhuma seja realmente forte para ganhar indiscutivelmente.
O melhor - A realizaçao
O pior - FIca a ideia depois de tres horas e meia que algo ficou ainda por dizer
Avaliação - B+
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