Saturday, February 01, 2025

The Brutalist

 Depois de ter estreado com estrondo no ultimo festival de Veneza esta obra de autor foi ganhando espaço nas apostas para os oscares ate se tornar no alvo a abater. Nos ultimos tempos algumas polemicas relacionadas com a utilizaçao de AI colocaram algumas duvidas no caminho que parecia triunfante como o melhor filme do ano, mas a luta mantém-se principalmente porque as criticas foram impressionantes. Do ponto de vista comercial, um filme com uma duração de mais de tres horas e meia afasta sempre e os resultados poderão ser comercial curtos para um candidato a premios.

Sobre o filme a primeira coisa que se pode dizer é que o filme não e minimamente aborrecido, que vai lançando intriga consequente, que fica a ideia que ate demais e que por vezes alguns pontos sao deixados em aberto mesmo que fique a clara ideia que isso e propositado. O filme tem um significado interessante e atual sobre as dificuldades da emigraçao e a utilização dos mesmos por classes superiores para exercer poder. O filme e claramente eficaz nessa mensagem embora seja mais que isso.

Tambem no ponto de vista de estetico a realizaçao do filme e incrivel e original do primeiro ao ultimo minuto, a forma como começa, confusa mas simbolica, a capacidade de ser original na introduçao e mesmo no final, o intervalo pensado, a forma como o som e ator principal do primeiro ao ultimo minuto, ao longo de mais de tres horas e meia faz do filme um objeto gigante, tecnicamente irrepreensivel e surpreendente.

O que poderá ser o lado mais debil do filme, ainda assim forte é o argumento, fica a ideia que o filme alimenta demais a chama e fica sempre a sensação que fica algo por dizer, algo por saber, num filme tao grande isto pode parecer estranho. Sem duvida e um dos melhores filmes do ano, talvez o mais perfecionista, se calhar nao o que melhor entertem ou prende o espetador.

A historia fala de um arquiteto judeu hungaro que embarca para os EUA em busca de sucesso deixando para tras os horrores da II guerra mundial. Entre avanços e recuos conhece um rico e impulsivo empresartio que acaba por o ajudar a desenvolver o seu trabalho.

O argumento do filme tem muitos temas, o da emigraçao o mais simbolico e atual, mas tambem vai a procura do contexto historico de cada momento. Nas personagens o filme aborda diversos problemas com diversas pontas, consegue atar todas embora parece que em algumas com demasiados atalhos.

Corbert e o heroi do filme, a forma como pensou um filme tao grande, ao detalhe, a forma como esteticamente o filme surpreende mais de tres horas. A originalidade das suas escolhas fazem com que so um desastre o oscar de melhor realizador. Uma carreira em crescendo de um dos valores seguros de Hollywood e ainda jovem.

O cast e muito eficaz, fica a ideia que Brody se calhar e demasiado proximo na disponibilidade fisica ao que fez em Pianista. A personagem e intensa, tem tres horas de duração, é eficaz mas podera perder por ja o termos visto num registo proximo. Jones quando entra domina o filme, uma excelente atriz que parece ter perdido por momentos o espaço maior de hollywood que regressa com sucesso. Pearce e muito convincente na sua construção, e as nomeaçoes todas aleas sao naturais, embora fique a ideia que tirando Jones, nenhuma seja realmente forte para ganhar indiscutivelmente.


O melhor - A realizaçao

O pior - FIca a ideia depois de tres horas e meia que algo ficou ainda por dizer


Avaliação - B+

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