Desde a sua estreia nos principais festivais que poucos filmes conseguiram um entusiasmo tão grande quer do publico quer da critica, que conduziu a um trajeto sempre a subir que acabou por resultar em otimos resultados criticos e comerciais, e acima de tudo ter conseguido estar na discussão principal dos premios. COmercialmente o filme estreou apenas em Janeiro em grande dimensáo, ja impulsionado, e muito pelo fervor critico conduzindo a otimos resultados comerciais ao longo de todo o mundo, ainda que com dificuldade no mercado americano.
Sobre o filme podemos dizer que a primeira coisa que nos chama a atenção e a fotografia e a capacidade de transportar por completo o espetador para o Rio de Janeiro dos anos 70 e as suas dictomias. O filme tem no lado familiar o seu trunfo, a forma como nos permite entrar e criar empatia com toda aquela familia que nos vai conduzir ainda mais para a escalada de sofrimento que se segue, e para o impacto emocional que o filme quer ter.
O que podera ser o calcanhar de aquiles mais significativo do filme acaba por ser num primeiro momento esconder um pouco em que consistia a ditadura militar brasileira, para alem do nome, o que faz com o espetador fique algo perdido na sucessão de acontecimentos que se seguem, pesados, mas que é o aspeto mais vago do filme, o qual regressa a toda a intensidade familiar e continua com um impacto total nas personagens ou mais que isso consegue levar à base da resistencia das pessoas e das familias.
E claramente um dos filmes mais impactantes do ano, um filme que conjuga boas interpretaçoes, uma capacidade unica de realizar e potenciar emoçoes ao maximo. Ninguem fica indiferente a familia e a sua forma de ser, sentindo que tudo como se fosse nosso. Nao e uma obra unica mas e um grande filme, um dos melhores do ano sem duvida.
A historia segue a familia Paiva, a sua ligação, ate ao momento em que são capturados pela ditadura miliar e o patriarca nunca mais regressa conduzindo a uma necessária readequação da familia e do seu estilo de vida, quando se procura respostas para tal desaparecimento.
O argumento do filme e incrivel emocionalmente na caracterização da familia e dos seus pontos. Em termos politicos e menos trabalhado, mas parece uma opção se forma ainda sublinhar mais o lado empatico da familia e dos seus laços. Um dos argumentos mais bem preparados do ano.
Salles depois de muitos anos desaparecido surge novamente com uma obra que ficara registado na sua filmiografia como a sua obra de referência. Um trabalho incrivel de quem conhece bem todo o contexto que quer transmitir com uma mestria que merecia outro tipo de destaque nos dias de hoje. Se bem que os falhanços que foi tendo no cinema americano faz pensar que ele esta melhor no cinema de origem.
Anos depois de num trabalho Salles ter permitido Montenegro ser nomeada para o oscar, agora potencia o filme, para a sua filha Torres conseguir o mesmo, numa personagem particular. Fica sempre a sensação que muito fica por dizer deliberadamente. E uma excelente personagem embora pudesse ter ainda mais espaço. Sinto o filme melhor quando Mello da o ponto mais simples e mais sensivel
O melhor - O lado familiar
O pior - A caracterizaçao politica inicial
Avaliação - B+
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