Sunday, July 21, 2024

Young Woman and the Sea

 Numa altura em que o mundo se prepara para uns novos jogos olimpicos eis que a Disney e Jerry Buckheimer trazem a vida um biopic sobre um dos feitos desportivos mais fortes do seculo passado, ainda que em anos bem longinquos. Este filme que foi pensado para streaming mas que foi fazer uma estreia no cinema nada relevante ate conseguiu obter bons resultados criticos, embora comercialmente a estrategia inicial tenha sido bem melhor do que a executada.

SObre o filme o primeiro grande problema do mesmo e o momento em que foi lançado, quando ainda nem passou um ano desde a Netflix ter demonstrado o feito epico de Nyad, pode soar ao mesmo este filme porque o feito é parecido e o filme naturalmente acaba por ser um exercicio de superaçao muito semelhante, embora me pareça que principalmente na interpretaçao de base o primeiro seja claramente superior.

Este filme tem duas vantagens narrativas, desde logo o contexto pos guerra onde se trata, o que leva o filme para uma dimensão cultural e de direitos de mulheres muito mais forte. Tambem fica a ideia que o filme quer ser mais ligeiro e menos rigoroso, mas as duas horas de filme torna-se algo demais para um filme cuja hora final e extremamente repetitivo.

Mas fica o registo de um feito memoravel com um impacto no crescimento do desporto feminino, que tambem tem em se a forma como a mesma foi recebida nos EUA algo que nos dias de hoje seria muito dificil. Por tudo isto temos um filme interessante, com um registo historico interessante, mesmo que em termos de filme em si, pouco mais do que satisfaz.

A historia trás-nos o feito de Trudey Ederle e a forma como como mulher se aterveu a tentar passar o canal da mancha a nado, depois de na infancia quase ter morrido de sarampo, numa historia de superaçao e da forma como impos o desporto feminino.

No que diz respeito ao argumento nota-se algumas preocupações e alteraçoes a historia central para o filme ter mais impacto emocional e narrativo. Nao obstante destas alteraçoes os feitos mais imponentes acabam por ser bem retratados numa historia que e documentada, ainda que com principios basicos.

Na realizaçao os produtores foram ressuscitar Ronning depois de lhe terem entregue o ultimo pirata das caraibas sem grande sucesso. Aqui os procedimentos sao mais simples, um bom trabalho de contextualizaçao temporal do desporto o que nem sempre e facil em face do contexto temporal do filme, mas nas sequencias de nado poderia ter mais arte.

No cast eu confesso que Riley tinha tudo para ter uma interpretaçao fisicamente mais imponente, mas parece igual a maior parte dos seus papeis, colocando duvida sobre a sua versatilidade, num filme a solo que normalmente potencia grandes interpretaçoes esta fica bastante aquem, com maneirismos repetidos constantes.


O melhor - O feito retratado

O pior - A ultima hora algo repetitiva


Avaliação - C+

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