Numa altura em que o cinema de verão deste ano teve alguma dificuldade em se aproximar do grande publico, existiram projetos ambiciosos de nomes conhecidos do cinema atual, mas que acabaram por não ser propriamente brilhantes do ponto de vista comercial. If era um desses filmes ambiciosos de estúdio, com um elenco de primeira linha, um realizador próximo do publico. Criticamente o filme ficou-se por uma mediania que acabou por surpreender já que Krasinski normalmente é alguém que sabe muito bem o que ambos alvos querem, por sua vez, do ponto de vista comercialmente o inicio brando acabou por acelerar e os resultados acabaram por ser competentes.
No que diz respeito ao filme podemos dizer desde logo que o mesmo tem sentimento e coração de uma forma bem sublinhada. O filme sabe gerir muito bem o melodrama com o lado mais cómico e descontraido, sendo que aos poucos as personagens e a forma como o filme leva os espetadores a sua infancia faz o filme ter esse peso emocional, e simplicidade de comunicação que funciona.~
Nao e obviamente um filme de massas, nao e um filme que tenha um valor comico muito aprimorado, sendo sempre simples e mais destinado ao sorriso do que a gargalhada, mas e o filme que nos faz recordar a infancia e o que vamos perdendo quando crescemos. E daqueles filmes que o tempo lhe pode dar mais destaque do que o primeiro impacto que se calhar esperaria mais Reynolds do que propriamente coraçao
If parece-me um filme fora de tempo, demasiado puro, quem sabe para os dias de hoje, demasiado tradicionalista, e isso faz com que ficamos perdidos onde o filme quer ir. É muito mais um drama introspetivos do que uma comedia para toda a familia. Tem alguma dificuldade em assumir o seu publico mesmo que isso o torne quase sempre num filme emocionalmente rico.
A historia fala de uma jovem orfã de mãe, que perante uma intervençao cirurgica do seu pai fica em casa da sua distante avó, ate que descobre que no ultimo andar do predio desta vive uma serie de personagens de ficção que tem como objetivo serem os amigos imaginarios perdidos de diversas pessoas.
O argumento do filme é ambicioso naquilo que é os seus objetivos emocionais. Fica a ideia que do ponto de vista comico poderia ser mais intenso, mas isso se calhar dar-lhe-ia uma toada mais descontraida que o filme nao quer ter. O lado emotivo do filme é o mais eficaz.
Krasinki e um bom realizador principalmente de filmes de ação de primeira linha que tem aqui um estilo diferente. Nota-se a tentativa de ser tradicional, e o filme funciona na forma como vai buscas inspiração a classicos como Roger Rabitt na ligação entre a imagem digital e a real. E uma variação do seu estilo de cinema embora com menos assinatura que os anteriores.
No cast temos uma jovem Cailey Flemming que da ao filme a suavidade que o filme quer ter, no misto entre a inocencia e a dor. Temos um Reynolds mais introvertido, e uma boa escolha de vozes para as personagens digitais
O melhor - O coração do filme.
O pior - Talvez a nivel de valor comico o filme nao seja sempre funcional
Avaliação - B-
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