Monday, December 19, 2022

Disenchanted

 Há quinze anos atras a Disney surpreendeu o cinema com a comedia romantica que misturava o nosso dia a dia com historias de encontar um filme que conduziu ao alavancar de Amy Adams para uma primeira linha do cinema. Volvido este tempo eis que surge a sua sequela, adaptada a idade dos seus representantes, que surpreendentemente não arriscou o cinema, pese embora o primeiro filme tenha sido um sucesso. Em termos criticos o filme ao contrário do primeiro filme ficou pela mediana, sendo que comercialmente a forma como o filme foi distribuido dificultara perceber o real impacto do filme.

Sobre o filme eu confesso que gostei do primeiro filme pela originalidade e um conceito de risco de uma abordagem pouco convencional que está novamente presente neste segundo filme. O problema deste relativamente ao primeiro e que por um lado Amy Adams já não tem idade para ser uma estrela romantica de grande dimensão e o filme sofre isso, e depois ao entrar no mundo encantado e musical o filme torna-se algo repetitivo e mesmo algo previsivel, não tendo a originalidade da abordagem do primeiro filme.

Claro que temos pontos que nos parece que a originalidade surge como a sequencia em desenhos animados, a versatilidade da passagem da personagem central por diferentes fases. Fica e a ideia que tudo acaba por ser diminuido no que ao resto diz respeito, já que a historia não e propriamente bem trabalhada, e mesmo em termos humoristicos ao contrario do primeiro filme, existia espaço para mais.

Assim surge uma sequela sem a força do primeiro filme, se calhar por isso mesmo o filme foi distribuido diretamente para streaming, Esta abordagem desta saga teve o seu impacto no primeiro filme, e depois tirando Adams todos acabaram por ir perdendo força nas carreiras e o filme perdeu também a força dessa falta de carisma das outras personagens.

A historia segue a familia criada no primeiro filme, anos depois, com a entrada de Morgan na adolescencia e na forma como todo o contexto tem de lidar com isso. Com o desejo de voltar com a sua familia a uma historia de encantar isto torna-se perigoso e pode conduzir a problemas no seio familiar criado.

No que diz respeito ao argumento, muito da qualidade e originalidade da abordagem vem do primeiro filme. Nas suas particularidades e na historia que o filme tem menos impacto desde logo no humor, claramente menos funcional do que o primeiro, a maior previsbilidade do conceito mas acima de tudo o facto de não conseguir dar novas personagens com algum impacto.

Na realizaçao Shankman habituado a filmes musicais tomou o lugar de Kevin Lima, na tentativa de resgatar uma carreira que já teve mais impacto, depois de alguns falhanços. O filme tem cor, consegue captar o espirito das aldeias das historias de encantar, mas fica-se por ai. Explica o porquê de acabar a carreira como um mero tarefeiro.

Adams e uma das actrizes mais competentes do momento, a qual não estando na melhor fase da sua carreira, dá-se sempre a intensidade e ingredientes diferenciados a sua personagem, o que volta a ser presente neste filme. O filme sofre a falta de uma vilá de primeira linha e mais que tudo alguém que dê o novo ánimo ao filme.


O melhor - O segmento do desenho animado

O pior - A forma como o humor essencial no primeiro filme funciona mal neste


Avaliação - C



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