Monday, February 24, 2020

The Last Thing he Wanted

Numa altura em que a netflix ainda se tenta recompor pelo facto de não ter conseguido levar a melhor na corrida aos oscares. Logo para iniciar o ano, temos esta adaptação literária, realizada por Des Ree, que estranhou o facto de se ter estreado num mês de Fevereiro, normalmente pouco apelativo para projetos como este. Criticamente o filme foi um descalabro com avaliações muito negativas, o que vai certamente colocar em causa a visibilidade comercial que o filme vai acabar por ter.
Sobre o filme podemos desde logo perceber que é uma historia densa, que junta ao mesmo tempo as relações internacionais dos EUA, o jornalismo e pior que isso as ligações criminosas. Tudo poderia funcionar bem, principalmente porque o filme consegue chamar a si bons interpretes mas a organização, ou melhor dito a desorganização com que os temas se vão organizando acaba por nunca permitir que o filme tenha o impacto desejado, a não ser no seu final ou mesmo em momentos em que o filme parece estar algo refem de um esquema circular.
O filme até me parece que no final tem uma intriga densa e forte, mas que perde totalmente o impacto, já que o filme acaba por ser demasiado embrulhado em termos daquilo que é o desenvolvimento de cada um dos pontos, o que o torna desde logo pouco objetivo. Fica a ideia mesmo que a determinada altura o filme apenas quer terminar pois sabe que as revelações finais podem resgatar algo que até então estava longe de ser brilhante.
Ou seja um filme que não se percebeu no momento em que foi lançado a razão de tais datas, mas que com o passar do mesmo percebe-se que até poderia ser forte mas a sua desorganização interna acaba por colocar totalmente de lado qualquer hipotese de sucesso, transformando-o numa desorganização pouco ou mesmo nada interessante.
A historia fala de uma jornalista na casa branca que em plena guerra eleitoral, acaba por se ver envolvida numa intriga envolvendo num pais de terceiro mundo, tráfico de armas e drogas, que coloca em causa a sua sobrevivencia num pais com costumes totalmente diferente.
Em termos de argumento o filme parece acima de tudo desorganizado, em termos daquilo que é o desenvolvimento narrativo do mesmo, fica a ideia que as personagens mereciam bem mais crescimento e uma estrutura mais definida para tudo ficar bem mais efetivo.
Na realização Des Ree, tem capacidade de dar valor estetico aos seus filmes, principalmente nos contextos mais adversos. neste filme fica a ideia acima de tudo que é no argumento e na montagem que as coisas não ficam particularmente famosas, contudo normalmente com resultados finais como este as carreiras não ficam melhores.
O filme e ingrato para Anne Hathway, já que fica a ideia que o filme e a personagem poderiam-lhe dar um teor e uma força que o filme nunca consegue ter, acabando por ficar isolada. Affleck por sua vez não está em boa forma e o filme paga caro essa fatura.

O melhor - Hathway com uma boa interpretaçao

O pior - O filme a deixar por completo sozinha

Avaliação - D+

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