Saturday, February 15, 2020

Charlie's Angels

Dezasseis anos depois do mais recente reboot de anjos de charlie ter sido abandonado depois de resultados comerciais e críticos pouco apelativos, eis que Elizabeth Banks no papel de realizadora tentou revitalizar o conceito com novas aquisições. Esta estreia de alguma dimensão no entanto falhou por completo. E se criticamente as coisas nem foram tao negativas com uma mediania que deixa a clara sensação de poder ser bem pior, o grande problema do filme foi mesmo o seu maior objetivo que era o resultado comercial que ficou muito abaixo das piores previsões.
Sobre o filme e fácil perceber que o conceito dos anjos de charlie esta longe de ser por si so, um conceito de filmes complexos ou que preencham os amantes de cinema, e sim um cinema de desgaste rápido, e aqui e novamente mais do mesmo, ou seja um filme mais estético do que narrativamente desenvolvido, num conceito de filme de desgaste rápido que parece ter tido uma contenção de custos em termos de produção e que esta longe de ser minimamente interessante.
O problema do filme começa desde logo no elenco, fica a ideia que tirando Scott todas as restantes foram erros de escolha que acaba por se tornar mais evidente quando saímos fora dos anjos de charlie e entramos no mundo dos vilões. Mas o problema mais que a escolha de peças acabou também por ser a narrativa escolhida, muito débil e nem o volte face final consegue catapultar o filme para melhor qualidade.
Ou seja mais um entre muitos reboots falhados de um conceito que já se previa estar gasto nos dois filmes anteriores. Fica a ideia que em termos visuais o filme poderia e deveria ter evoluído mais, mas percebeu-se dessas limitações no momento em que Banks uma realizadora ainda sem conceito foi escolhida para liderar o projeto.
A historia fala dos anjos de charlie em mais uma missão tendo em vista impedir que um perigoso objeto entre em mãos erradas e coloque em causa toda a sobrevivência do mundo, no momento em que a equipa integra um elemento novo.
Em termos de intriga o filme e pobre, tenta no fim com alguns volte faces ganhar algum contexto mas parece-me sempre desfavorável em termos do interesse que as personagens tem para o filme. FIca a ideia que apenas de uma forma muita isolada o filme tem alguns momentos de humor o que e muito pouco em termos de um filme com grandes objetivos comerciais.
Banks pegou no projeto como realizadora e argumentista, ela que anteriormente já tinha pegado em Pitch Perfect sem grande sucesso e aqui demonstrou algum conceito pop e pouco mais com pouca arte ou criatividade para dar uma nova roupagem a um conceito popular mas com pouca complexidade. Não me parece mostrar grandes atributos para uma carreira de realizadora.
No cast desde logo a péssima escolha de Stewart, num filme e em personagens que exigem alguma sensualidade, a escolha parece um tiro ao lado por completo, que se concretiza no filme. As suas colegas funcionam melhor no registo pedido embora me pareçam ainda sem carisma para assumir um filme com esta dimensão. Nos secundários quer Claffin quer Stewart ,muito longe do que já fizeram.

O melhor - As cidades por onde o filme passa

O pior - O conceito não ser minimamente potenciado

Avaliação - D+

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