Monday, April 25, 2016

Tale of Tales

Depois do sucesso do filme Gomorra existiu sempre alguma expetativa no sentido de perceber que trajeto o seu realizador Matteo Garrone iria seguir, ou de apostar no mesmo cinema de autor europeu ou ir para a lingua inglesa com mais meios e normalmente para realizadores mais ambiciosos. Pois bem depois deste maior projeto pensamos que se ficou pelo meio termo. E mesmo com mais meios conseguiu novamente imperar criticamente com avaliaçoes positivas a este peculiar filme, e comercialmente principalmente na Italia as coisas tambem correram bem pese embora o filme não tivesse força para se tornar universal
O cinema fantastico muitos dizem que apenas podera ser feito nos EUA pela existencia de meios que noutros mundos não estao acessiveis, pois bem podemos dizer que tecnicamente este e um filme arriscado que pese embora necessite de efeitos especiais nunca perde o seu nivel estetico ou não fosse um filme de um europeu, e é nesta suavidade de imagens que reside a mais valia do filme que ate poderia ter algumas deficiencias naturais a nivel tecnico.
O problema e que falha onde a maior parte dos filmes europeus não falham, ou seja no argumento. A ideia de fazer diferentes contos num so filme acaba por ser redutor por não conseguir ir para alem da historia de base a nenhum deles, pensando mais nas sequencias naturais de cada um dos contos em termos esteticos do que propriamente em termos narrativos onde são pequenas historias sem qualquer ligação e que o filme apenas tira a sintese.
E para isso temos muito cinema americano de estudio para fazer, para um realizador que chamou a si algum conceito do cinema europeu um filme como este parece extremamente redutor em termos de alcance e nem a presença de grandes figuras do cinema de hollywood permite que o filme avance para outra qualidade ou mesmo significado.
A historia segue tres contos, o de uma rainha que ve o seu filho se ligar perante um irmão de feitiço contra a sua contade, um rei que gosta mais de qualquer animal do que propriamente da sua filha e um princepe com um amor inexplicavel por uma mulher que nunca viu.
O argumento tem claras limitaçoes, desde logo na ideia de base do filme, ou seja a aposta de um cinema na qual tentamos contar tres historias numa so não permite que nenhuma delas cresça principalmente os personagens. Ao ser contos já conhecidos tambem os dialogos não têm grande espaço de manobra.
E na realiação que o filme adquire maior qualidade. O filme tem sempre um grande compromisso estetico em cada sequencia em casa historia e mesmo não tendo os meios de um filme de hollywood consegue sempre dar o sentido estetico que contorna essas limitaçoes. Uma melhor realizaçao do que filme.
No cast temos um filme que não exige muitos aos seus actores, mesmo assim bom plano para Toby Jones uma presença comum em muitos filmes e poucas vezes valorizado e Bebe Cave uma jovem que tem na sua personagem a maior entrega fisica do filme. No restante muito mais presença do que dificuldade.

O melhor – O sentido estetico da realizaçao

O pior – O alcance de um argumento sem força numa ideia redutora


Avaliação - C

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