Na melhor altura em que o cinema independente se emancipou em Hollywood
existiu uma serie de filmes que ganharam um protagonismo e lançaram novas
estrelas para um rumo completamente diferente em termos das suas carreiras. Um
desses filmes foi Junbug que conduziu Amy Adams para uma carreira fulgurante
tornando-se numa das figuras femininas mais proeminentes da actualidade. Desse
realizador surgiu um filme com a mesma intenção mas com mais meios mas com um
resultado extremamente redutor. Criticamente o filme não conseguiu nem de perto
nem de longe o reconhecimento de Junbug e isso traduziu-se também num resultado
comercial bem mais pobre.
Sobre o filme podemos dizer que o registo é semelhante ou seja um filme
claramente sobre personagens com demasiada preocupação em dar aquilo que mais
as diferencia, e isso conduz a um filme cinzento sem chama, triste e pouco
creativo, o que conduz a um resultado deslodor principalmente a um realizador
que já atingiu outros níveis de resultado.
O grande problema do filme trata-se de não ter ritmo ou seja na maior parte
do tempo o filme é demasiado silencioso, demasiado perdido em imagens isoladas
pouco intensas, tornando os poucos conflitos ou tentativas de conflito do filme
pouco imponentes e acima de tudo pouco intensas.
Depois parece que o filme tem dificuldade em assumir o seu género próprio
ou seja e um filme que por vezes quer ser comedia, mas por outro lado e um
drama de circunstancia sobre vivencias pouco imponentes, isso resulta num filme
falhado sem chama.
A historia fala de um ex presidiário que quando regressa a casa percebe que
perdeu toda a sua família, já que esta esta entregue a um dos seus amigos. Aqui
este junta-se ao referido individuo para irem vender arvores de natal para Nova
Iorque onde tente reencontrar motivos para a perda e alguns mais para assumir a
sua existência.
O argumento e pálido, silencioso, demasiado independente e com ânsia de se
tornar por si so diferenciador, e quando isso acontece o filme perde
intensidade não ganha em diálogos nem em personagens sendo obviamente o parente
pobre de um filme demasiado escuro.
Também em realização o filme não e propriamente uma força da natureza pese
embora tenha bons momentos em planos a distancia do ambiente envolvente da
personagens, não e o aspecto menos vistoso do filme mas não o recupera.
Quanto ao cast dominado por um Giamatti que já conseguiu brilhar mais, numa
fase menos luminosa da carreira, mas que tinha aqui papel para maior destaque
prende-se a algumas expressões faciais em exagero e pouco fortes. Ao seu lado um
Paul Rudd melhor do que habitual numa personagem menos imponente, num actor
talhado para comedias de recurso.
O melhor – Algumas ideias soltas do filme.
O pior – A falta de luz do mesmo
Avaliação – C-
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