Desde sempre que o imaginario de Tim Burton foi para mim enquanto cinefilo um dos prazeres maiores da setima arte a forma estetica e simbolica com que coaduna mundos é uma dadiva ao cinema e o seu reportorio de filmes uma homenagem a todos como eu se dedicam aos filmes. Para este ano tinha em mente e com expectativa o seu lançamento de Dark Shadows novamente com johnny deep e num imaginario que encaixa como uma luva naquilo que Burton foi conseguindo. Contudo com as primeiras avaliações as coisas nao foram tao positivas como os mais retoricos pareciam advinhar, alguma mistura nas criticas nao era o inicio esperado, e mesmo comercialmente a aposta de suceder a Avengers retirou-lhe algum poder comercial que o filme poderia ter tido, mesmo assim o resultado foi minimamente consideravel. Restava o mais importante ver o filme.
E desde logo digo que o filme frustrou em algum sentido as minhas expectativas, nao porque Burton nao tivesse lutado pelo filme, nota-se a sua imaginaçao o seu sentido estetico o seu mundo, de uma forma mais natural e encaixada talvez que nunca, os primeiros vinte minutos de filme podemos dizer que sao dos melhores que Burton nos deu do seu mundo, da sua estetica do seu simbolismo, mas depois tem graves problemas em fazer o filme se definir ou como comedia, como filme dramarico familiar, ou filme de vampiros, no final temos uma confusao de um filme que nao sabemos bem o que é, agradavel em todos os niveis produtivos por vezes engraçado e como uma conjugação temporal interessante mas que lhe falta ritmo intensidade, quase sempre demasiado parado e pouco apostado em dois aspectos que podiam ser o trunfo de Burton, o humor, menos tipico no realizador e o simbolismo, sempre consumido pela para anormalidade demasiado castradora do filme.
Pode se dizer mas Dark Shadows e isto a serie e isto, mas nos sabemos que Burton e mais que isto, que altera filmes que cria mundos e sabe a pouco perceber que o filme ou a historia nao e tao rica como Burton a queria tornar, e isso nota-se na introduçao ao filme, do melhor que Burton fez para os seus filmes, pena e que depois a historia nao acompanhe e se perca, principalmente em termos de humor onde parece que o filme quase que desiste para nao se tornar demasiado vulgar.
Mesmo com estes defeitos vincados estamos perante um filme que nos tras a maior parte das qualidades de Burton, esteticas e creativas, com o esquizoide tipico mas que fascina tudo e todos ao longo do tempo e o torna num dos realizadores mais influentes da actualidade.
A historia fala de uma familia Collins que observa o seu vampiro antepassado regressar em pleno anos 70, de forma a tentar resolver o negocio da familia, contra a sua enimiga de sempre e a causadora de todo o sofrimento da sua familia.
O problema do filme esta no guiao como todo, pese embora tenha partes interessantes e extremamente creativas, perde-se emocionalmente nas persoangens mas acima de tudo perde-se na intensidade e na historia central, quando o talento de Burton nao e acompanhado na historia o filme tem mais dificuldades de resultar.
Burton e um iluminado e neste filme demonstra mais uma vez nao so nos esquemas mentais tipicos, e na excentricidade que sempre trouxe aos filmes mas aqui tambem na forma com que consegue conjugar com outros aspectos como o culto dos 70, num exercicio quase perfeito de realizaçao.
O cast e excepcional se Depp e Pfifer ja tinham dado mostras do seu maior valor com Burton, onde sao personagens perfeitamente encaixadas no seu imaginario, Hackey e principalmente Green conquistam o filme, alias somos tentados a dizer que nunca uma atriz encaixou tao bem numa personagem femenina de Burton como Green faz neste filme, roubando quase sempre as cenas ao já alter ego de Burton, Depp.
O melhor - Os primeiros vinte minutos de cinema de arte.
O pior - Ser narrativamente um filme menor do realizador.
Avaliação - B-
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