Saturday, September 10, 2011

The Tree of Life









Terrence Malick tem tanto de miticismo como de objecto estranho num cinema cada vez mais construido para o publico, ou assim deveria ser. A cada filma seu mais a estranheza do que podemos ou vamos encontrar, principalmente numa altura em que a cadencia de filmes esta cada vez mais ritmada, o certo e que o realizador conseguiu um espaço proprio em Hollywood. Com esta arvore da vida Malick conseguiu em longa escala aquilo a que chamamos reconhecimento critico entre os quais lhe valeu a palma de ouro em Canes, contudo em termos comerciais o filme mesmo com grandes estrelas desiludiu.



Ao efectuar uma avaliação temos de diferenciar quem a faz, aqueles que realmente exercem a sua avaliacao para ser lida, ou pensam que estao em obra literaria. Eu como digo aquilo que sinto, desde já digo que estamos perante um dos filmes mais monotonos e sem nexo que me recordo de ver, estranho sem sentido, sem qualquer segmento do que e o cinema, ou forma como o espectador o vê. Desde logo no seu inicio 40 minutos de imagens soltas sem uniao entre si, conjugadas ao som de um opera. POde existir quem atribua significado para mim pouco ou nada tem, imagens documentais, que apenas conseguimos encontrar paralelo quando percebemos que é o inicio de tudo. Alias o filme acaba por ser uma diferente pelos diferentes inicios terminando naquilo que pode ser considerado o principio do fim. E um filme aberto que pode ser muita coisa, ate pode ser um bom exercicio filosofico mas o cinema deve ser mais simples do que isto, deve permitir que o espectador retire prazer daquilo, e nesse capitulo este filme nao consegue.



Mesmo com a base e o resultado final nao serem satisfatorios o filme tem bons pontos a forma detalhada com que consegue descrever algumas das suas situaçoes e mesmo o fio temporal do proprio filme, demonstra creatividade e acima de tudo a certeza de estarmos perante alguem diferente e acima de tudo que sabe que o é. Provavelmente a academia ira premiar com nomeaçao com esta obra artistica mas ao faze lo podera colocar em causa o que e a origem do cinema, e acima de tudo que apareçam produtos como este ser a arte de camera de alguem como Mallick



O filme fala d muitas coisas mas na sua base fala dos primeiros anos em familia de um jovem da evoluçao da sua familia, e das contingencias da mesma ao longo do tempo, e um filme sobre a familia mas acima de tudo no marco que esta nos deixa e na experiencia de pensar o passado.



Poderiamos analisar o argumento se por acaso pensassemos que ele existisse, neste caso nao me parece que assim seja, e um filme com as mesmas personagens mas acima de tudo um filme de momentos soltos com uns mais bem geridos do que outros.



A realizaçao de Mallick e brilhante a forma como as imagens sao palavras sao factos a potenciar, mas isso nem sempre chega existe momentos em que essas qualidades devem contar uma historia e um enredo pois a creatividade nao e um discurso feito de palavras soltas mas sim a congruencia do mesmo.



O cast e pouco posto a prova neste filme, talvez a espaços Chastain e acima de tudo Pitt tenham de tirar o melhor de si, mesmo que aqui nao lhe seja pedido a consistencia de uma personagem porque o filme nao quer, quanto a Penn e exclusivamente figura decoratica.






O melhor - A estetica






O pior - O desencontro com o cinema






Avaliação - D+

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