Tuesday, May 08, 2007

Sunshine




Danny Boyle é um dos realizadores mais versáteis da actualidade, tentando filmar todos os generos, sem se definir em nenhum, dai que os seus filmes criam sempre alguma expectativa, para dissuadirmos que tipo de Danny Boyle vamos ver.

O inicio da carreira de Boyle anunciava um realizador polemico, capaz de filmar a degradação humana com um primor e com marcas de autor de primeira linha, que atinge quase a prefeição e o filme de uma vida com o magnifico Transpooting, parecia ter nascido um realizador de primeira, contudo e depois do alarido em volta de um dos filmes de maior culto do seculo 20, eis que se assistiu a alguma indefinição na carreira de Boyle, que parece que raramente conseguiu dar um fio a uma carreira, e isto talvez se deva ao arriscado "A Praia", um filme que talvez dcvido a enorme expectativas criadas resultou num grande floop, precisou de algum tempo para se recompor, e com um misto de filmes de diversos generos como terror, comedia familiar e agora a ficção cientifica o autor conseguiu colocar ainda mais pontos de interrogação na sua filmiografia nao pela fraca qualidade dos titulos mas pela divergencia de conceitos e estilos utilizados. Com este Sunshine, viamos o realizador de Transpooting entrar no terreno dos filmes de ficção cientifica mais concretamente nos filmes de naves, e assim como a filmiografia de Boyle também as reações aos seus filmes se têm tornados mais dispares, com aplausos e apupos, sendo que ainda é precoce qualquer analise quanto ao sucesso ou floop do filme.

O filme corta totalmente com qualquer passado de Boyle, o autor entra no sempre terreno complicado da ficção cintetifica mais concretamente em filmes de missões espaciais, e todos sabemos o risco que estes filmes correm, principalmente porque a limitação de espaço de alguma forma limita as possibilidades de guiões, sendo frequente encontrarmos momentos de grande monotonia neste tipo de filmes. Pois bem desde logo temos que dizer que Sunshine apesar arrojado não consegue fugir a este promenor que ainda é mais agravado pela fraca defenição e caracterização espacial do filme. A nave e na sua globalidade um desconhecido para o espectador que por diversas vezes se perde no espaço do proprio filme.

A historia tem muito de inovador um grupo de astronautas, tem como função salvar a humanidade numa viagem até ao sol, de forma a fornecer a este uma injecção de vigor que permita a continuação da humanidade, nesta viagem, que é importante realção que se trata de uma segunda tentativa, surgem alguns problemas, que conduzem a uma luta pela sobrevivencia, que por necessidade conduz a uma luta entre os proprios passageiros. O filme reune um misto de acção com uma dimensão mais parafisica, e por momentos religiosas, principalmente na dimensão algo mitologica criada em volta do sol.

O filme é no inicio um filme conseguido mas que nao consegue disfarçar grande parte das dificuldades criadas em volta deste genero especifico, mais concretamente a monotonia e a complexidade que o argumento assume, e que torna o filme demasiado complicado, e dificil de digerir. COntudo a historia perde por completo para as componentes técnicas do filme, principalmente na forma como a grandiosidade do SOl e integrado de forma a melhorar a grandiosidade de um filme arrojado, mas que nos parece com algumas debilidades muito salientes.

O argumento do filme, é grande em dimensões mitologicas, em aspectos parafisicos, mas falha na forma como articula a narrativa principalmente porque nunca consegue simplificar processos, todas as articulações narrativas são demasiado complexas e complicadas o que distancia os espectadores. Também a nivel de personagens o filme parece-nos demasiado pobre salientando só os limites das condições humanas que são visiveis em quase todos os tripulantes da nave.

Boyle é um realizador eficaz em todo os generos, apesar de nunca ter atingido o brilhantismo que atingiu nos seus primeiros filmes, todos eles tem uma dimensão produtiva, e foram obras capazes de integrar filmes razoaveis com realizações brilhantes originais. Neste particular consegue mais uma vez uma realização forte, com imagens poderosas, que abrilhantam um filme, de nivel mediano, mas com realização de primeira linha. Parece-nos que Boyle terá perdido com alguma dispersão de talento ao nunca ter selecionado um genero para se aperfeiçoar. Pode ser bom a tudo mas parece nunca conseguir ser brilhante, se excluirmos o brilhante inicio com Transpooting.

QUanto ao cast, para capitanear o elenco, Boyle optou por um actor proximo Murphy, que foi dado a conhecer pelo realizador no surpreendente 28 days later, o resto do cast, aparecem actores tipicos de filmes de acção mas algo limitados a nivel de interpretação assim, observamos o fantastic 4 Evans, e a ex bond girl Yeoh, em papeis quase insiginificantes, quase todas as despesas de interpretação do filme estão a cargo da boa forma de Murphy, que nos parece ser algo ambiguo conjugando momentos de boa interpretação, com outros mais indefenidos, um actor que necessita de papeis mais defenidos, para analisarmos o seu real valor.

Enfim a tentativa de Boyle entrar noutro terreno, contudo, parece-nos que este já conseguiu filmes e projectos mais conseguidos.


O melhor - O carater divinal que o sol tem ao longo de todo o filme.


O pior - As decisões de argumento demasiado complexas e extremamente complicadas que tornam o filme dificil


Avaliação - C+

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