Sunday, February 05, 2006


Munich

Starring:
Eric Bana, Daniel Craig, Geoffrey Rush, Mathieu Kassovitz, Ciarán Hinds
Directed by:
Steven Spielberg

O maior cineasta da actualidade, regressa ao cinema de autor, o aguardado Munique, que relata a História da Vingança dos Israelitas depois dos atentados aos atletas nos JO de Munique, contudo é "Munique" é muito mais do que um filme sobre um facto histórico, e acima de tudo uma visão (discutivel) sobre um das questões Politicas da mundo moderno, bem como no contra respopsta do terrorismo, por vezes impossivel de perceber e cima de tudo incapaz de visualisar um termo a este mesmo ciclo.
Mas é este filme a obra prima de Spilberg? Não de maneira alguma, Spilberg apesar de criar com um claro rigor a cultura europeia dos anos 70, e de conseguir apresentar um filme grandioso, muito bem realizado, com uma grande capacidade de prender o espectador à cadeira durante os longos minutos do filme. Contudo longe do brilhantismo de obras como A Lista de Shindler, Spilberg aposta num filme que apesar de poucos vicios de produção aparece com uma grandeza capaz de competir com os maiores filmes deste ano, na capacidade de surpreender.
Mas quais são as grandes vantagens do filme, desde logo a reconstrução temporal do filme, depois a forma impressionante de spilberg realizar, oferecendo um realismo quase assustador em algumas imagens, colocando o dedo numa ferida por vezes completamente esquecida pelos estudios de Hollywood, pena e que spilberg não tenha a isenção necessária para promover este filme a uma das maiores obras politicas do cinema. O ponto fraco do filme é a crescende complexidade do mesmo, e a clara falta de isenção de Spilberg na forma como aborda a história, mesmo querendo dar essa ideia, esta nunca se traduz na realidade das imagens
Assim observamos um dos concorrenter mais fortes aos oscares, apesar de na minha opinião faltar algum brilhantismo para sair da cerimónia como vencedor, mesmo assim fica algum sabor a injustiça pelo desprezo da actuação de Bana, merecedor quem sabe de uma nomeação, já que por diversos momentos o filme acenta na sua capacidade dramática.

De referir ainda a excelente banda sonora que permite contextualizar muito bem o filme.

O Melhor: A capacidade extraordinaria de Spilberg realizar, transformando os seus filmes em obras de um realismo inultrapassavel

O Pior: O filme é demasiado complexo acabndo por vezes se perder na angustia da personagem principal

Avaliação: B +

No comments: