Num ano em que a maior parte das pessoas apostam numa Prime cada vez mais ativa, eis que Janeiro começou com uma longa metragem de comedia com duas figuras principais do genero, Ferrell no lado mais satirico, Witherspoon no lado mais romantico. o filme estreou com criticas medianas, e com o tema do casamento, sendo que comercialmente o filme acabou por ter algumas semanas de visibilidade até se dissolver nos catalogos da operadora.
Sobre o filme, quem conhece as minhas analises sabe que gosto do humor pouco contextualizado de Ferrell, o filme tenta isso em alguns momentos e parece-me ser os momentos onde o filme consegue funcionar em termos de humor.O grande problema do filme é quando tenta ir de encontrou à outra parte, concretamente ao lado romantico e despreendido de Witherspoon onde a atualidade do genero parece ultrapassada e nunca encaixa com Ferrell.
Uma comedia aparentemente romantica onde o duo nao consegue ter qualquer quimica em nenhuma dimensão e um proposito, ou mesmo uma dificuldade impossivel de ultrapassar. A ideia que surge e que o filme quer preencher os elementos dos dois protagonistas, os quais procuram algum mediatismo imediato e perde-se no meio, de algo que nunca percebemos muito bem o que quer sempre, ficando sempre o registo que algo não corre bem no filme mesmo no humor.
Claro que o filme aborda o lado emocional, com a ligação pai-filha, fala sobre o casamento precoce, mas o humor é tão direito que por vezes fica a sensação que muito fica por esclarecer ou mesmo funcionar nas dinamicas familiares. Uma comedia de inicio de ano, com muitos defeitos e acima de tudo dois protagonistas a procura de legar o filme para o seu territorio, acabando por puxar mais cada um para seu lado do que em simbiose.
O filme fala de um pai viuvo que decide organizar o casamento da sua filha numa ilha onde se casou, contudo por um infortunio no mesmo dia surge um outro casamento de uma familia mais tradicional, que leva a uma luta entre familias pelo espaço, numa teoria do caos.
O argumento parece querer ir buscar ambos os lados comicos e acaba por nao ser eficiente em nenhum. O humor de Ferrell aparece a espaços, o de Witherspoon parece nunca aparecer, e pior nada disto conjuga, dai que o filme é na maior parte do tempo estranho e nao engraçado, principalmente no seu humor.
Na realizaçao o projeto e assinado por Stoller um realizador de comedias de estudio com uma formula repetida. O filme arrisca quase nada e fica a sensação que cai nos tipicos jogos de camara comicos. um filme simples, de um realizador que ficara por este trajeto.
No cast temos Ferrell a tentar encaixar o seu boneco num lado mais romantico, que fica muitas vezes fora de sitio, e uma Witherspoon longe da promessa que a levou ao oscar, tentando regressar ao lado romantico onde teve mais sucesso num filme que chama a atenção acima de tudo pela falta de quimica do casal.
O melhor - Os apontamentos de humor de Ferrell funcionam sempre
O pior - A quimica inexistente entre o casal
Avaliação - C-
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