No principio do milénio existia uma tradição que consistia em que janeiro fosse o mês do lançamento de comedias claramente afro americanas, de costumes sobre as suas vivências e o seu estilo cultural. Com o passar do tempo essa tradição foi abandonada mas ressurgiu este ano com esta comedia de costumes. Com algumas das figuras desta nova geração musical e cómica o filme estreou com um sucesso critico que não era propriamente habitual. Comercialmente assim como a maioria dos filmes de outros tempos os resultados foram consistentes embora muito circunscritos ao mercado americano.
Sobre o filme podemos dizer que o mesmo encaixa como uma luva na tradição dos filmes de janeiro, temos muito do esteriotipo cultural, temos o humor facil, adulto, e acima de tudo aquele tipo de comedia em que o caos acontece do primeiro ao ultimo minuto. Não é porpriamente um filme muito elaborado, ou que o tente ser, tenta ser um filme bem disposto para uma tarde de inverno, sendo que algumas piadas funcionam outras nao.
O barulho e esteriotipo estão la, o filme consegue como poucos o tinham feito nos ultimos tempos ir ao histerimos das comedias do inicio do milenio como por exemplo barbershop com novas personagens, novos habitos, mas todos os exageros. nao são filmes particularmente ricos em mensagens, mas acabam por ser filmes dirigidos a um publico concreto que acaba por considerar sempre, pelo menos no humor, este tipo de abordagem como funcional.
Por tudo isto um filme simples de inicio de ano, bem disposto, embora pouco original e na maior parte do tempo quase sempre mais exagerado do que engraçado. A dupla funciona bem na sua conjugação de caracteristicas. Nao sei se marcara o regresso da comedia afro americana de base, mas que este filme é uma homenagem justa ao que foi sendo feito, sem duvida que sim.
A historia segue duas amigas que estão em vias de ser despejadas por falta de pagamento da renda que tentam num dia salvar a sua casa, contudo isto leva a uma espiral de acontecimentos que ira transformar cada momento do dia um caos superior ao anterior.
O argumento tem uma premissa conhecida, e mesmo no estilo humoristico é a excentricidade e o exagero comico associado a cultura afro americano. Alguns apontamentos tem graça, outros menos, num filme redutor em termos de mensagem, mas que claramente percebe que é um registo de desgaste rapido.
Na realizaçao do projeto temos Lawrence Lamont um realizador oriundo da cultura hip hop, associado ao videoclip de alguns musicos que tem aqui a sua estreia. Denota-se que conhece o estilo onde o filme se encaixa e o que realmente pode esteticamente funcionar no humor afro americano. So o futuro dira se tornar-se-a uma referência do genero, ou apenas um apontamento na sua carreira.
No cast nao temos propriamente atrizes muito conhecidas Keke Palmer consegue dar algum seguimento depois de Nope, num lado mais comico, onde se percebe nao ser a sua praia e SZA mais conhecida pelo lado musical, ultimamente muito associado a Kendrik Lamar tem o lado hiperativo da cultura, completamente amplificado ao maximo neste filme.
O melhor - O regresso de uma tradição que deu alguns filmes razoaveis
O pior - Para um não afro americano tudo pode parecer algo descontextualizado
Avaliação - C

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