Lançado em cima da meta temporal na temporada de prémios com o aliciante de tentar trazer novamente à tona Pamela Andersson numa roupagem diferente sem maquiagem, com o peso da idade mas sempre com o lado corporal que fez dela um dos maiores sex symbols de Hollywood. O filme estreou com boas criticas o que manteve principalmente a interpretaçao de Pamela sempre nas apostas para as nomeaçoes a qual viria a falhar no ultimo minuto. Comercialmente o filme lançou-se em Janeiro sem grande resultado que possa ter colocado em causa as expetativas de prémios do filme.
O filme é o tipico filme dos filhos de Coppola, ou seja intimista, poucas palavras destacado para as vivencias da personagem no lado do desaparecimento do sucesso. O paralelismo com o momento atual de Pamela Anderson e claro e o filme não consegue ser analisado nunca sem esse paralelismo. E um filme pequeno que nunca tenta ser grande que tenta dar o palco todo a Pamela, mesmo que isso esconda um pouco o lado emocional e pesado que o filme poderia ter na personagem.
O ritmo e demasiado baixo, o estilo de realizaçao e uma assinatura mas sinceramente é dificil perceber os reais beneficios que o filme obtem com isso, fica o lado final, quando conseguimos perceber o que foi colocado de lado pela personagem e o momento final de indefiniçao conseguimos fazer o claro paralelo com quem coloca a carreira acima de tudo, ficando descalço do lado normal da vida, e nisso o filme é realmente intenso, principalmente nos ultimos momentos.
Ou seja um filme que poderia e deveria ser melhor, um filme com uma boa base, e premissa que se esconde para dar alguns momentos a sua protagonista com necessidade de redençao. Fica na minha perceção que o filme poderia existir sem ser o comeback de Pamela Anderson ou se fosse mais do que isso, mas o objetivo concreto foi sempre este.
A historia fala de uma dançarina de cabaret adulto que ve o seu show chegar ao fim e nao consegue perceber o que vai fazer já que se foi despegando de tudo o resto, inclusive da vida familiar que tenta reconquistar.
O argumento do filme tem uma base interessante, forte e que o filme emocionalmente consegue fazer render. Fica a ideia que se esconde demasiado num filme pequeno, de ritmo baixo com demasiados momentos a solo da personagem e isso faz com que a intriga pudesse ter muitos mais elementos.
Gia Coppola, neta de Francis Ford Copolla, vinda de uma familia de realizadores de assinatura propria, tenta encontrar o seu registo depois de alguns filmes menos visiveis, tem aqui a sua primeira obra de referencia, e conquistou o primeiro louvor critico. Se calhar terá de apostar mais num registo menor artistico ou de assinatura propria para subir ainda mais alguns patamares.
No cast surpreende uma Pamela Anderson fora do registo, a aceitar a idade, embora me pareça que o papel foi supervalorizado por todo o historial, ou por todo o contexto. As dificuldades interpretativas continuam la e o filme utiliza mais para um esteriotipo de personagem. Nos secundarios o filme é sobre Pamela Anderson e apenas Jamie Lee Curtis consegue roubar algumas cenas, muito por culpa da sua homenagem em idosa a alguns momentos iconicos da sua carreia.
Um parentises para a musica de Miley Cirus que nao se consegue perceber como num ano tão diminuido nao conseguiu a nomeação.
O melhor - O tema da dedicação a solo ao emprego.
O pior - O filme coloca demasiada luz no comeback de Pamela Anderson colocando de lado outras qualidades
Avaliação - C+