Ben Affleck e um daqueles casos em que se torna presença assídua em quase tudo o que acontece em Hollywood, seja na sua vida relacional, seja como realizador e como ator. Neste verão e numa colaboração com o sempre imprevisivel surgiu esta Hypnotic, um thriller policial futurista que foge um pouco ao habitual de todos os intervenientes e o resultado parece não ter sido o melhor. Desde logo criticamente onde a medina pode frustrar uma ideia arrojada. Comercialmente os resultados foram desastrosos e conduziram a que o filme tivesse um rapido lançamento em aluguer.
Sobre o filme eu confesso que estou longe de considerar Affleck um bom realizador, parecendo claro que o mesmo funciona muito pior quando os filmes não funcionam, quando fica sozinho no cast e normalmente os filmes sofrem com isso e este não é exceção. O filme é demasiado dependente da sua prestação que exige versatilidade que ele nunca entregue parecendo sempre descontrado com o ritmo que o filme quer ter, e aqui começam os problemas serios do filme.
Outro dos problemas do filme e o complicado guião, de avanços e recuos, no fim e mesmo que a experiencia nao seja a que nos da mais prazer para o resultado final, podemos achar algumas nuances interessantes na revelação final, mas isso sabe totalmente a pouco quando percebemos que isso termina num final descontrado, numa confusão de avanços e recuos narrativos que nos dão um filme que não organiza e torna-se mesmo atabalhuado.
Ou seja um filme que poderia ter uma permissa interessante se fosse bem trabalhado nos diversos vetores, que acaba por ser totalmente o oposto. Nao funciona em nenhum dos apontamentos isolados e mais que tudo parece sempre que pouco ou nada transforma o filme dando-lhe o imput que o poderia conduzir a uma maior sucesso.
A historia segue um policia que ficou sem saber o paradeiro da sua filha que percebe que a mesma é do conhecimento de um intrigante homem com capacidades acima da média, e que conduz a um jogo do rato e gato com muita força mental à mistura.
No argumento podemos no fim e depois do ruido exagerado e dos caminhos longos que o filme segue achar que tudo até poderia ter algum sumo com outro percurso. O filme falha nao so na sua orientaçao mas na pobreza dos dialogos e principalmente das personagens.
Rodriguez tem um estilo b que agradou alguns mas que aqui esta completamente colocado de lado, para uma tarefa de Hollywood. Os poucos truques de camara que tenta fazer não funcionam, e parece mais um primeiro filme de um editor de carreira do que uma obra de alguem que ja teve os seus bons momentos.
Affleck como ator e sofrivel e isso percebe-se com o numero de filmes que faz e que essas limitações são mais que visiveis. Temos uma Alice Braga que parece resistir a sua presença na meca de Hollywood e um conjunto de atores de segundo plano, com muitas dificuldades em se impor, e este filme dá-nos a justificação para isso.
O melhor - O final tem uma ou outra ideia que poderia funcionar.
O pior - A forma como o inicio do filme parece que tudo corre mal
Avaliação - D+
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