Todos os anos na Páscoa é comum surgir um filme sobre um dos apontamentos biblicos num registo mais ou menos comercial, mas dentro de um tradicionalismo de longa data em Hollywood e que vem dos classicos como Ben Hur e 10 Mandamentos. Este ano surgiu uma adaptação da historia de Abrão e do sacrificio do seu filho Isaac. Esta adaptaçao surgiu com tradicionalismo mas com criticas moderadas, sendo que comercialmente os resultados foram razoaveis tendo em contra principalmente ser um filme algo desatualizado no conceito.
Sobre o filme podemos dizer que fazer filmes biblicos nos dias de hoje está em total desuso, e este filme demonstra bem o porque deste facto. Desde logo porque tudo é demasiado encenado, é demasiado exigente do ponto de vista de fé para tudo funcionar o que deixa completamente de lado qualquer pessoa que esteja mais longe das crenças subjacentes ao filme, ja que em termos de narrativa ou construção o filme não tem propriamente muitos elementos diferenciadores.
A imagem que fica do filme é que se trata de um serie C para os cristãos exibirem aos menores por alturas da pascoa, mas sem qualquer outro tipo de interesse enquanto filme singular, já que a narração e quase passagens bíblicas escritas dessa forma, sem grande inovação, e num estilo de cinema completamente distante do que esperamos no dia de hoje.
Ou seja uma obra praticamente irrelevante que serve para ocupar tempo na catequese, e quem sabe homenagear alguns filmes da primeira fase do seculo passado, mas pouco mais, ja que em tudo o resto o filme e quase amador, e com ambições inexistentes.
O filme fala da jornada e os motivos da mesma de ABrão, de forma a levar ao sacrificio do seu filho apos uma comunicação com deus.
EM termos de argumento temos a passagem biblica em imagens, com o estilo mais tradicionalista, sem grande rebeldia ou arte nos dialogos ou mesmo construçao de personagens, e isso torna tudo algo vazio fora da fe religiosa.
No que diz respeito a realizaçao David Helling tem dedicado por completo a carreira a filmes liturgicos, adotando um estilo tradicionalista, sem grande conteudo artistico ou qualquer abordagem diferenciada que faz dele um tarefeiro cristao.
No cast um conjunto de atores desconhecidos que preenchem as personagens na imagem que temos deles, mas o filme nao exige nada de relevante aos seus interpretes
O melhor - Para preencher uma aula de catequese.
O pior - Artisticamente vazio
Avaliação - D
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