Sunday, May 10, 2020

Never Rarely Sometimes Never

Este filme independente que foi uma das sensações criticas deste inicio de ano pela unanimidade critica que teve à sua volta que lhe valeu a conquista do grande premio do júri em festivais como Sundance e Berlim, tornaram nesta época de confinamento num dos objetos mais procurados e que talvez conseguiu dar-lhe uma visibilidade que de outra forma um filme independente e pequeno dificilmente conseguiria ter.
O filme tem um estilo pausado e detalhado nas vivencias da sua personagem central extremamente próximo do cinema intimista independente. ALias o filme pese embora tenha um tema forte e descritivo acaba por ser demasiado pausado o que acaba por adormecer principalmente as personagens. Eu confesso que é fácil de gostar de filmes escuros sobre vidas complicadas mas que isso por si so não chegam para fazer um filme extraordinário que o filme não e.
Mesmo no seu equilíbrio interno parece-me claro que o filme funciona bem melhor no seu primeiro momento na forma como introduz a personagem central e o seu conflito, mas perde-se algo quando se trata de um road movie de duas jovens por uma nova iorque profunda. AI parece-me que o filme perde alguma intensidade e norte, sendo as sequencias medicas as únicas que dao ao filme esse peso da historia.
Ou seja um filme intimista sobre uma temática sempre complicada associada ao abordo e gravidez jovem, mas que depois tem alguma dificuldade em adornar o filme com outros pontos interessantes e fortes, ai fica a ideia clara que o filme torna-se pequeno quando era precisamente nesse ponto que tinha de crescer.
A historia fala de uma jovem mal integrada na sua comunidade e na sua família, que acaba por depois de saber que esta gravida e na falta de apoio decidir por viajar na companhia da sua melhor amiga para proceder ao aborto na cidade grande de Nova Iorque.
EM termos de argumento não e um filme de muitas palavras, de personagens ou de diálogos. E um filme de um tema forte, que e tratado com essa força, principalmente no detalhe e nas dinâmicas associadas ao problema. Não e uma abordagem muito diferenciadora de um filme que tem o peso que o tema tem.
Na realização Elliza Hittman assinou e vincou o seu nome com o sucesso deste filme realizado obviamente num estilo independente próximo das personagens e dos seus problemas. Podera ser um passo para uma maior dimensão mas veremos como potencia este sucesso com mais meios.
No cast recheado de desconhecidos o maior destaque vai para a jovem Sidny Flanigan uma atriz que e introduzida neste filme com sucesso. Um trabalho intenso de uma personagem forte embora silenciosa. E um bom veiculo de entrada veremos se terá seguimento.

O melhor - A primeira meia hora das dinâmicas da personagem.

O pior - Perde fulgor quando se faz a estrada

Avaliação - C+

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