
Os biopic sao sempre
obras dificeis, principalmente em vidas riquissimas como a de Jobs,
dai que escolher apenas tres momentos para adaptar uma vida era uma
escolha arriscada, mas e no risco que se define os grandes artistas
do cinema, e este e obviamente um filme que é uma obra de arte,
principalmente de escrita, a intensidade a profundidade a riqueza de
cada linha dos dialogos e uma obra de arte literaria mas ao mesmo
tempo capaz de condensar em tres momentos e em duas horas uma vida
riquissima onde não interessa os promenores irrelevantes mas onde
toda a obra e personalidade estao la todos.
Para isso o filme tem
um aspeto que não e facil e nem sempre esta presente mesmo no cinema
de autor, a capacidade de se reduzir a tudo o que e necessario, não
precisa de muitos momentos basicamente vamos para tres espaços com
os mesmos personagens ao longo do ano, esta forma original na forma
de abordar um biopic, e que nos podemos considerar facilmente como
aborrecida acaba por ser ela propria o que mantem o ritmo do filme e
percebe-se porque o unico elemento que nunca poderia sair era Sorkin.
E obvio que muitos
poderao dizer que outros aspetos da personagem ficaram de fora, as
relaçoes quando nos sao dadas não tem a profundidade que muitos
gostariam que tivesse, provavelmente porque cortaria o ritmo, bem
como perde dez anos da vida de uma pessoa talvez os mais proveitosos
e realizados mas aquele onde a sua personalidade foi menos vezes
posta a prova.
A historia fala de tres
momentos decisivos na carreira de Jobs, desde logo o lançamento do
Macintosh, do Next e do Imac, bem como as suas relaçoes com tres
pessoas fundamentais na sua vida, o seu amigo e co fundador da Apple
o CEO que o despede e a sua filha.
O argumento e
absolutamente brilhante so possivel em alguem que melhor que ninguem
sabe fazer do dialogos a força e originalidade de um filme, e não
se fica por aqui, para alem disso a abordagem torna tudo o que foi
feito no biopic num all in e ganha completamente e dos argumentos
mais brilhantes do ano, de um argumentista que e já ele a estrela
dos seus filmes.
Boyle tem a posiçao
mais silenciosa, não precisa de se destacar nem que seja porque não
havia espaço para o fazer, basicamente so o conhecemos nas passagens
entre as cenas, e no facto de adaptar a realizaçao de cada momento
as estrategias de então. Sendo uma realizaçao de topo não e tao
brilhante como o argumento mesmo sendo uma das melhores do ano e de
um dos realizadores em melhor forma.
No cast, a escolha para
Jobs era dificil, dai que as escolhas foram talvez para tres dos
melhores actores do momento, Di Caprio e Bale recusaram sobrou
Fassebender para um grande papel daqueles que muda uma carreira que
não necessitava de mudar pois já estava num optimo caminho, e
intenso, e espontaneo e carismatico e expressivo, não sendo um papel
dificil e um papel que brilha num bom actor que ele é. Nos
secundarios destaque para uma Winslet sempre ao bom nivel e que e o
alicere mais do que tudo para a prestação de Fessbender e a muleta
ideal para elevar os dialgoos.
O melhor – O
argumento e abordagem do filme, de genio
O pior – Perder algum
tempo da vida de Jobs onde ele foi bem mais decisivo para a evolução
Avaliação - A-
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