Sunday, November 15, 2015

Mistress America

Noah Baumbach é neste momento um dos argumentistas mais singulares do panorama indie norte americano, a sua capacidade de fazer historias comuns, conversas entre pessoas com a sua posiçao pouco definida tem-lhe dado uma capacidade de se assumir com um autor de renome no cinema actual. Muitas da vezes em colaboraçao com sua musa Greta Gerwing ambos tem conseguido assumir um espaço proprio que permite que pequenos filmes como este sem actores de renome consigam conciliar um bom suporte critico, sempre comum no realizador com um potenciar comercial cada vez maior em cada filme do realizador.
Sobre o filme, tenho que dizer que sei ver algumas das virtudes do realizador, a forma como ele consegue criar monologos em dialogos, o ritmo dos dialogos dos seus filmes, ter momentos extremamente engraçados de satira entre conversas serias, o non sense de muitas das suas sequencias que sao pensadas ao minuto. Mas tudo isto resulta em optimos filmes, que nunca vamos esquecer? Ai já tenho as minhas duvidas, nos ate podemos gostar de momentos ou algumas cenas do filme, mas no final ficamos com a ideia de que tudo e demasiado excentrico e sem sentido e isso tira em muito a força da mensagem final dos seus filmes.
Este e obviamente mais um filme que tem esse problema e se tudo ate começa bem com os momentos e desde a altura em que a musa Greta entra no filme que o complicador liga e ai torna-se um filme que ser ser diferente, que quer fugir da graça ou da futilidade simples, e isso ate pode ser artistico mas leva para um plano tao paralelo que no final a mensagem a transmitir já surge com intormissoes e sem o impacto que podia ter tido se fosse transmitido de uma forma mais simples.
No futuro perceberemos se o cinema de Boubach alguma vez rendera mais que isto, do que satiras urbanas a um mundo de excentricos, mas satirizar com isto de uma forma realmente excentrica parece um contrasenso uma auto critica que provavelmente Baumbach quer fazer, mas se o quer fazer mais alimentara aquilo que critica e isso parece algo indefinido no seu cinema.
A historia fala de uma jovem caloira da universidade em Nova iorque que com dificuldades de integraçao acaba por sair com a filha do futuro marido da sua mae, pessoa que a fascina e que vai inspirar a sua ambiçao literaria.
O argumento tem obviamente muitas virtudes a forma como Baumbach consegue fazer dialogos em cadeia e extremamente dificil e ele faz como poucos introduzindo bem muitas graças situaçoes insolitas que todos os nos recordaremos, parece-me ter mais dificuldades em formar tudo isso num bloco solido e numa mensagem bem impressa, podemos dizer que esta e a dificuldade de todos os seus filmes com excepção de While We're Young.
Como realizador cada vez mais assistimos menos risco de um realizador que tenta deixar este espaço para fazer a historia e o argumento brilhar, ele que muito poderia apreender com o seu amigo Wes Andersson e dar um assinatura pessoal na realizaçao que normalmente fica apenas pela escrita. Aqui quase nada a realçao, a não ser o lado claro da noite de Nova Iorque que brilha por si,
No cast o lado bom e o lado mau do filme, se com Lola Kirk o filme consegue ter uma das revelaçoes do ano, o filme é seguro nos seus sentimentos e na ligeireza com que os interpreta, por outro lado a excentricidade vazia de Gerwig, o papel que tinha mais para brilhar não convence e torna-se repetitivo no que fez por exemplo em Frances Ha.

O melhor – A forma como introduz a graça facil na mais insolita das situaçoes.

O pior – A dificuldade de tornar boas cenas num bom filme


Avaliação - C

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