Friday, September 11, 2015

Self/Less

A carreira de Tarsem Singh está repleta de filmes de Sci Fi, muitos deles incompreendidos pela creatividade da visão futurista do realizador, ao qual faltou sempre um grande sucesso. Este ano surge com mais um thriller sci fi com a premissa da nossa mente mudar de corpo. O resultado critico foi mais uma vez desastroso algo que já começa a ser tradiçao na carreira do realizador, comercialmente as coisas também não foram melhores com resultados completamente decepcionantes ao longo de todo o mundo.
Eu confesso ser um fã do Sci Fi não muito futurista mas aqueles que apenas apostam na evolução de alguns segmentos entre os quais a medicina. Este e um filme que tem esse principio baseado numa premissa interessante, mas que posteriormente acaba por ter pouco conteudo. NUm filme que tem uma base capaz e original, e pena que posteriormente se torne num vazio filme de acçao do gato e do rato sem qualquer tipo de adereço que o torne particularmente apetecivel.
E o filme até começa bem, durante o periodo em que o protagonismo esta no Damian real o filme, tem presença, carisma, bem realizado, com todas as dualidades que a personagem em si necessita, contudo com a transformaçao tudo perde valor, a personagem fica vazia, e acabamos por ter um filme serie B de baixo orçamento da tipica corrida do gato e do rato, sem personagens dialogos, ou sequer motivações.
Dai que é facil se sentir defraudado por um filme com uma boa premissa, que tinha na mesma uma campo de pesquisa e de funcionamento extremamente rico, mas que em momento algum consegue ter engenho para fazer o filme rentabilizar este mesmo capital, adoptando sempre a postura mais facil, de alguns seguimentos e cenas de luta para explorar a vertente de Reynolds como heroi de açao melancolico. Ou seja muito pouco.
A historia fala de um rico empresario americano, mas isolado que paga no sentido da sua consciencia ser tranferida para um corpo mais novo que permita a sua permanencia no mundo mais uns anos para continuar com o seu legado. Contudo o problema e quando percebe que o seu corpo tem uma vida propria.
O argumento tem uma premissa interessante algo que claramente o sci fi deve abordar, e este filme acaba por pegar numa ideia logica com sustentação no primeiro terço do filme, contudo rapidamente a abandona para tornar num filme simples de acçao onde esse apontamente e apenas um promenor nada relevante para o desenvolvimento da trama e das personagens.
Singh é também na realização um aspeto que vai do mais ao menor a um ritmo alucinante inicialmente temos uma boa captação de imagem com Nova Iorque como pano de fundo, no momento em que tudo muda, perde esse requinte torna o filme em termos esteticos mais vulgar, apenas recuperando algum deste sentido na sua fase final. Nao sendo o pior aspeto do filme esta longe tambem de ser uma mais valia para o mesmo.
Ryan Reinolds, vai colecionando floops como heroi de acçao, parece claro que funciona melhor no cinema independente em filmes onde se espera menos dele, do que em filmes que lidera como heroi de acção. Nao sendo um actor muito versatil ou com grandes argumentos intepretativos a exposiçao neste tipo de filmes nao me parece ser positiva para a sua carreira. Balança com Kingsley que domina perfeitamente a parte que lhe é entregue

O melhor - Os primeiros 10 minutos de filme

O pior - A forma como o filme se esvazia no seu epicentro

Avaliação - C-

No comments: