Friday, August 21, 2015

Boulevard

Pode um pequeno filme com um actor reconhecido em baixo de forma ficar na historia do cinema. Pode e normalmente pelas piores razões após o suicidio de Robin Williams podemos considerar este o seu ultimo filme pelo menos de carne e osso e o ultimo como protagonista. Num terreno onde normalmente tinha menos sucesso como o drama. Os resultados longe dos melhores momentos do actor, com avaliaçoes medianas sem grande foco e comercialmente um pouco como os ultimos dias da sua carreira longe de qualquer sucesso.
Se existe filme que pouco ou nada tem a ver com a carreira que Williams foi criando e este drama escuro, triste um pouco como a sua morte, sem qualquer vestigio de alegria num personagem que esconde a sua homossexualidade. O filme tem um assunto em voga actual mas e um filme demasiado triste, penoso sem ritmo muito a deriva um pouco como a carreira de Williams nesta altura e que provavelmente se relacionou com a sua morte.
E facil encontrar o que valorizar neste filme principalmente apos a morte do actor, a intensidade dramatica a desilusao que transparece a cada olhar do actor, a forma escura com que o filme e realizado e o lado dramatico de um actor que teve sempre este lado. Mas muitas destas avaliações sao condicionadas pela sua morte caso contrario estariamos a falar de um filme sem ritmo com um bom tema mas nunca consegue dar a intensidade ao mesmo.
Os filmes independentes tem muitas vezes este problema serem demasiado cinzentos não conseguirem encontrarem o tom, e faltar um conflito e optarem normalmente por um final demasiado aberto. Estes problemas estao todos bem vincados neste filme que tem falta de muitos outros adereços, como principalmente conflito e intensidade emocional.
A historia fala de um bancario que vive um casamento por conveniencia que começa a relacionar-se com um prostituto com quem começa a desenvolver uma intensa relaçao emocional, que vai expressar a homossexualidade que teve sempre escondida na sua vida.
O argumento tem um ponto de base interessante e provavelmente bem comum, mas penso que não tem a expressao que devia ter, já que as duas personagens base não sao tao interessantes para fazer explorar este ponto por outro lado falta ao filme a capacidade de conseguir expressar com intensidade cada um dos seus pontos de vista.
Montiel e um realizador que já teve mais destaque em Hollywood com alguns filmes bastante funcionais, mas com o tempo desapareceu dos filmes com maiores destaques talvez por nunca ter conseguido dar aos mesmos o seu cunho pessoal, aqui tem um filme escuro por natureza uma escolhja esperta mas nada mais.
No cast Williams estava fora da sua forma e vigor por isso refugiou-se em papeis mais dramaticos em filmes menores onde não era tao exposto, aqui e exactamente esse lado depressivo que padecia que o filme precisava dai que seja o seu melhor papel dos ultimos anos de carreira mesmo que seja tambem a transparencia de um estado de espirito.

O melhor – Um tema actual e presente

O pior – As personagens nunca conseguirem imprimir um registo mais intenso ao filme



Avaliação - C

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