Quando um filme de um novo realizador, mesmo que este já
tenha um passado como rapper vem apadrinhado por QUentin Tarantino, com
incidência oriental e a presença especial de Russel Crowe e normal que as
atenções dos mais apaixonados do cinema estejam virados para um filme e as
expectativas seriam fortes para este filme. Contudo apos as primeiras criticas
muito negativas para o filme, ao qual se juntou um percurso comercial
desastroso transformam uma boa promessa num rotundo flop a todos os níveis.
Existe algo que parece indiscutível quando se analisa este
filme, ou seja que a componente artística não so em termos de cenários mas na
própria concretização de sequencias de luta esta bem presente e com qualidade
estética. E por outro lado a inspiração mais que obvia no cinema mais sangrento
de Kill Bill a obvia referencia do filme.
Contudo e mesmo apesar destes pontos a ironia que Kill Bill
tras e completamente esquecida neste filme que tenta ser tão serio e em
determinados momentos tão orientar que acaba por ser absurdo na maior parte do
seu tempo, não só porque as personagens independentemente de que sector ocupam
simplesmente não existem e o filme apenas consegue respirar com alguns apontamentos
mais fortes nas soltas sequencias de luta oriental.
Ou seja um filme que para ser Tarantino falta-lhe tudo o que
se valoriza no realizador ficando apenas sequencias soltas num filme de artes
marciais mais parece retirado do WWF, ao qual a presença de bautista ainda
torna isto mais real, uma experiencia mal sucedida do qual apenas alguns
pormenores saem ilesos.
O filme fala da luta pelo ouro na China envolvendo dois clãs
inimigos com a ajuda de um Ferreiro e quem sabe de um militar ingles, numa
historia confusa que apenas serve de condimento para as lutas típicas de um
filme de artes marciais.
Não sera exagero dizer que o cinema de Tarantino vale muito
mais pela forma com que e escrito do que pelo seu estilo produtivo, aqui
podemos dizer que no argumento temos o completo oposto de Tarantino personagens
vazias, historia pouco densa e sem personagens para diálogos numa historia
muito pobre.
Rza demonstra alguns apontamentos como realizador o que não
o faz como actor e muito menos como argumentista, o filme não é fácil e o
realizador tem rigor estético e sentido
de estilo próprio que permite o filme ser difícil e interessante em termos
técnicos.
Por fim o cast, como líder de cast Rza falha sem carisma,
sem capacidade interpretativa e mais danoso para o filme sem estilo de luta,
também Crowe e um autentico desperdício num filme que exige apenas capacidade
de luta aos seus interpretes é como banhar a ouro uma sanita.
O melhor – Alguns apontamentos de realização estética nas
sequencias de luta.
O pior – O cinema de Tarantino ser argumento.
Avaliação – C-
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