Quando foi anunciado que Matt Damon voltaria a escrever um guião acompanhado de outra estrela da interpretação no caso Krasinski, e que este argumento iria ser realizado por Van Sant a sensação de Deja vu e acima de tudo expectativas elevadas começaram a ser lançadas. Posteriormente com a estreia em finais do ano a sombra de premios era evidente e as ambições do filme assumidas. Contudo mesmo quando tudo parece bem, nem sempre o é, e desde logo as criticas iniciais muito repartida ao filme deitaram por terra a necessaria unanimidade para entrar na luta pelos premios, e que por si so condicionou tambem a carreira comercial do filme.
Pese embora o filme seja um pouco o patinho feio deste final de ano podemos dizer que estamos perante um bom filme, nem sempre muito vistoso mas daqueles filmes que nos prega ao ecrá mesmo sem grande ritmo que nos dá a envolvencia necessaria ao ser todo ele realizado num pequeno espaço e depois pelo tema não só bem actual como capaz de nos oferecer um contexto ideial para uma intriga moderada que serve de guião a todo o filme.
Podemos nos queixar que nos momentos decisivos principalmente na sua conclusão é demasiado obvio e sentimentalista e pouco real, é verdade que no momento em que poderia ser mais racional o filme no final deixa-se levar pelo coração, contudo num filme que a espaços vive desses momentos e torna esses momentos interessantes, principalmente na forma como eles tiram a logica ao espectador que tem dificuldades em se colocar num dos lados da trama. Ou seja nesta ambiguidade o filme tem o seu grande segredo de colocar o espectador envolvido num filme calmo, paciente, mas inteligente e muito bem escrito principalmente nos guiões.
Podemos dizer que o filme é demasiado simples para os amantes de Van Sant não é eloquente como Good Will Hunting parece mais um daqueles filmes simples do interior americano mesmo tratando de algo bem mais denso e complexo como o mundo das energias e a forma de trabalhar de grandes empresas. E um pequeno filme conseguido contudo parece-nos que o seu tamanho condicionou muito o seu resultado.
O filme fala-nos de dois funcionarios de uma empresa de energia natural que tenta instalar um reservatorio numa pequena cidade, o que parecia uma compra facil torna-se complicado quando do outro lado se encontra um professor aposentado que sustenta os problemas de tal instalação surgindo uma batalha pela instalação ou não da referida central.
O argumento é bastante mais vistoso em termos de pormenores do que propriamente na sua essencia narrativa, a historia de base pese embora esteja bem montada e promenorizada é simples e sem grandes rasgos mas é no dialogos e na manipulação com que as partes são defendidas que o filme tem segredos e a mais valia de um argumento que pese embora não seja um poço de creatividade e muito bem montado.
A realização é talvez o ponto mais simples da carreira de Van Sant, silenciosa com planos largos envolventes num contexto proprio que se torna o segredo e a mais valia da realização ja que esta não é particularamente vistosa ou arriscada, um filme mais suave dum realizador intenso.
O cast tem nos seus argumentistas os seus protagonistas Damon é dos melhores e mais carismaticos e versateis actores funciona sempre bem, com naturalidade em qualquer tipo de papel a interpretação é de dificuldade moderada mas Damon dá-lhe mais valor do que o papel tem, já Krasinki tem mais dificuldades em brilhar com mais limitações e menos poder principalmente em sequencias divididas. O melhor papel do filme e para Mcdormand uma interpretação que num filme mais valorizado poderia estar bem nas nomeaçoes para melhor actriz secundaria pela simplicidade pelo improviso e pela naturalidade brilhante.
O melhor - Um argumento simples mas maduro e eficaz apetrechado de excelentes dialogos.
O pior - Van Sant costuma ser mais inovador
Avaliação - B
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