Friday, February 23, 2007


The Last King Of Scotland



COnfesso que nenhum dos filmes anteriormente realizados que abordavam os problemas do continente africano me tinha cativado a longa virtude. Talvez por serem demasiado serios, exagerados, monotonos e demasiado equilibrados e pouco surpreendentes. Pois bem Last King of Scotland quebra todas estas barreiras. É um bipic estruturado narrativamente coeso, mas acrescenta ritmo, densidade, comedia e acima de tudo despreende-se de algum tradicionalismo monotono, num filme que apesar de moralmente absorvente e intenso opta por retratar dum ponto de vista pop, que resulta em grande escala. A grande virtude do filme foi nao se prender apenas aos factos historicos preferindo criar uma personagem semi real para nos dar o ponto de vista da historia.

O filme inicialmente pequeno em dimensão e em expectativas, rapidamente se tornou numa das maiores surpresas criticas do ano, que permitiu que as luzes da ribalta de apontassem a um filme inicialmente menor. Mas principalmente nas suas interpretações. Withaker tem limpado tudo na categoria de melhor actor, e Mcvoy centrou atenções dos cinefilos para si apesar de ser algo encobrido pelo seu companheiro de ecra.

O grande ponto do filme e o ritmo que adopta e o estilo creativo e original com que filma, contrapondo sequencias intensas emocional e fisicamente com apontamentos de humor de primeira linha, muito na sequencia da forma como controi a personagem de Abibi. Depois consegue despistar os grandes problemas dos biopics, o drama, os sublinhar de aspectos notorios, aqui nao opta por ser sintetico centrando a sua historia nas duas personagens.

O ponto mais negativo do filme esta no facto de o filme conter cortes narrativos que nao permitem ter uma noção completa das trasnformações no relacionamento entre Abibi e o seu medico, que parece alterar-se de uma forma extremamente brusca.

Também as outras personagens sao demasiado figurativas nao tendo densidade, as suas historias sao abandonadas ao longo do filme sem qualquer tipo de justificações. Sendo que estes pontos nao adquirem maior relevo porque a relação e as historias das duas personagens principais sao extremamente bem encadeadas. O filme consegue despertar todo o tipo de emoçoes e sensações no espectador muito por culpa de um argumento extremamente bem estruturado e montado que assenta na recriação de personagens fortes em todos os sentidos, onde se destaca as cenas em que Abibi brilha em longa escala. pode falhar em algum enfraquecimento dos secundarios preteridos relativamente aos outros.

A realização de Mcdonnald e muito bem efectuada conseguindo conciliar imagens que jogam de forma positiva com o guiao e acima de tudo com toques de criatividade artisitica do realizador, insiste de uma forma extremamente conseguida nas feiçoes de Withaker capaz de conciliar um olhar terno e simpatico com um ponto mais rude. Que ajuda imenso o facto de ter um olho maior que outro.

As interpretações do filme sao brilhantes, e se acima de tudo Withaker brilha em longa escala e os premior apenas sao sequencia natural de uma interpretação magistral, parece-me que este facto acaba por assombrar a tb excelente prestação de Mccvoy que depois de cronicas de Narnia demonstra qualidade para estarmos atentos a este actor que concilia uma excelente capacidade interpretativa fisica e emocional o que nem sempre e facil.

Enfim um dos filmes sensação do ano, que confirma que nem tudo que e biopic tem que ser chato por regra.


O melhor: POis nao podia deixar de ser a interpretação de Withaker


O pior - As outras personagens sucumbem ao duelo Carrigan - Abibi

~


Avaliação - B+

No comments: