Sunday, November 03, 2024

Woman of the Hour

 Apresentado no festival de Toronto, e imediatamente comprado pela Netflix a estreia de Anna Kendrick como realizadora surpreendeu a critica com boas avaliações, supreendidas pela forma subtil e quase anonima como debruçou sobre um momento de um serial killer. O filme conseguiu os seus intuitos comercialmente com a passagem para a Netflix contudo a mesma ainda nao o divulgou internacionalmente desconhecendo-se os reais objetivos do filme na temporada de premios.

Sobre o filme podemos dizer que o mesmo começa algo difuso, ao apresentar diversas personagens, onde apenas percebemos de imediato a posiçao do vilão. Baseado numa historia real, o filme tem essencialmente a sua graça quando mistura todos os temas num concurso de encontros, muito tipico dos anos 70 a 90, e aqui o filme funciona essencialmente por juntar ao mesmo tempo as indecisões produtivas deste tipo de concurso, ao lado perverso do vilão.

Pese embora esta mistura funcione, na minha opinião fica a ideia que para um filme táo curto, este perde-se por vezes em aspetos colaterais em demasia. Tambem a forma como o filme avança e recua temporalmente nao e propriamente facil de acompanhar e pode retirar alguma intensidade a narrativa central do homicida, mas muitas vezes fica a ideia que o filme nao sabe propriamente qual e o seu objetivo primario.

Mesmo assim Kendrick consegue dar pelo menos uma abordagem diferente a um filme sobre um assassino, dando primazia a um acontecimento concreto para tentar definir a personalidade em questão. Nao obstante da concretização parece que o filme se esconde dentro de si proprio em alguns momentos, mas nao deixa de ser um filme razoavel.

A historia segue uma concorrete a um concurso de encontros, que o faz como uma prespetiva de carreira de atriz que acaba por selecionar um candidato estranho que esconde um segredo bem negro.

O argumento do filme e difuso, fica a ideia que quer tocar em muitos pontos de cada personagem e que acaba por perder em alguns momentos o foco no que realmente mais efetividade tras. As sequencias do programa sao as melhores, e o filme perde um pouco o folego quando sai do mesmo.

Kendrick estreia-se com um filme onde se sublinha o seu trabalho de contextualização temporal dos  anos 70 e acima de tudo as produções desse tempo. E um bom primeiro trabalho, que iremos seguir com atençao com mais meios.

No cast Kendrick parece ser melhor realizadora do que atriz, onde fica sempre presa a alguns tiques de inocencia que acabam por limitar as suas personagens. O filme funciona bastante bem com um desconhecido Zovatto que consegue intrigar completamente, o objetivo principal do personagem.


O melhor - As sequencias do programa

O pior - A montagem temporal do filme.

AVali

ação - C+ 

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