Desde a sua aparição no festival de Cannes onde acabou por ganhar o premio para melhor argumento que The Substance assumiu ser um dos acontecimentos cinematográficos, pela sua irreverência, pela sua originalidade e pelo seu horror, dai que foi sempre esperado com expetativa a sua estreia nos cinemas americanos, pese embora tivesse uma distribuidora pequena. O filme resultou criticamente ainda com frutos do bom reconhecimento em Cannes, sendo que comercialmente os resultados foram competentes embora, a determinada altura, se pensou que poderia ser bem superior.
Sobre o filme podemos dizer que a primeira hora de filme é brilhante, na forma como é realizado, na forma como explora todos os sentidos ao extremo, numa realização impactante, estetica, forte para a mensagem que quer passar. A segunda parte do filme é mais estetica mas fica mais a ideia que o filme quer impressionar e ser um exercicio extremado de horror do que propriamente para ter um efeito narrativo e isso podera distrair do verdadeiro mote do filme.
Por tudo isto The Substance teve o ruido que mereceu porque é claramente original do primeiro ao ultimo momento, e um filme de autor, daqueles que parece ter condiçoes para ser um filme de culto porque e arriscado, diferente e leva ao extremo a sua mensagem. Claro que a parte final é mais o confronto do tipico filme de horror, e o balanço pode nao ser o melhor, mas e inequivoco que e um filme que vamos recordar para longo tempo.
Por tudo isto e nao sendo certamente o melhor filme do ano podemos dizer que pode ser um dos mais arriscados e rebeldes, e normalmente esses sao os ingredientes que fazem os filmes ficar no tempo. Aproveita a cultura atual, e deperta todos os sentidos numa boa experiencia principalmente em cinema.
O filme fala de uma estrela de HOllywood em decadencia que acaba por aderir a uma substancia que faz com que sete dias seja um nova pessoa, mais nova, regressando a si, mas com o passar do tempo parece ser mais dificil ser a idosa.
O argumento e dificil, principalmente na concretização da mutaçao, mas ai o filme funciona, no processo no detalhe, nas emoçoes causadas na duvida. A primeira fase do filme e extremamente bem detalhada com os valores morais bem assumidos. Na segunda fase o argumento deixa entrar a irreverencia da realizadora.
Este e um otimo cartão de visita para uma quase desconhecida Colariel Fageat, depois deste filme todos vao estar atentos ao percurso, porque este filme e artisticamente forte, original, e tem na realizaçao o seu maior vetor, impressionando ao longo da sua duração. Fica a ideia que o filme fica muito porte da linha que separa o fracasso, pelo risco, mas desta vez foi um sucesso sem duvida.
No cast temos uma Demi Moore quase desaparecida que domina o filme, quer fisicamente quer na explosao da sua personagem, que merece atençao na temporada de premios, ainda para mais para uma atriz que nunca foi propriamente uma primeira linha interpretativa. Qualey tambem funciona, no balanço, e Quaid acaba por dar um lado lunatico apenas visto quando faz de Serial Killer
O melhor - A estetica total do filme.
O pior - Os ultimos 30 minutos abandonam algo o guião.
Avaliação - B
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