Monday, August 29, 2022

Me Time

 Se existe critica que ao longo dos anos tem sido a imagem da marca da Netflix enquanto produtora, e a aposta em filmes cuja base segue aquilo que foi sendo feito pelos seus interpretes, com pouco ou nenhum risco, em busca de um sucesso instantâneo de visualizações que alimenta com suporte financeiro a operadora, mesmo que para os seus interpretes estes filmes sejam verbos de encher. Esta comedia com um Kevin Hart e um Whalberg totalmente vocacionados para a comedia, foi um autentico desastre critico com avaliações pessimas. Comercialmente o acesso facil ao filme e os protagonistas tornarão certamente o filme um sucesso.

Sobre o filme temos a tipica comedia de Hart, centrada na sua personagem e nos seus atributos que conduzem para um humor fisico onde ele vai funcionando, embora o desgaste do conceito repetido ja se faça sentir, principalmente quando tudo a volta e desprovido de qualquer sentido, e ficamos com a sensação que ja chega esta abordagem e este facilitismo na carreira. O filme não trás nada de diferente, acabando por ainda ser menos interessante na curiosidade da historia, ficando a sensação que a base e sempre a mesma alterando so o seu parceiro ao longo do tempo.

Um dos problemas mais graves de uma comedia vazia e que a mesma depende em exclusivo da forma como esta funciona em termos de gargalhadas  e também aqui o filme não funciona porque a tentativa de construir  uma personagem fora da realidade, e o nivel de humor fisico atual de Whalberg esta longe de ser funcional nos dias de hoje, e o filme parece sempre mais estranho do que engraçado

Assim, temos neste filme muito do que é habitual na carreira descendente de humoristas, em que a repetição de conceitos começa a cansar e na falta de novidade nada sobra. Por ser lado Whalberg parece encaixar numa espiral negativo que provavelmente conduzira a uma carreira pautada por desastres criticos em que este acaba por ser mais um.

O filme fala sobre um dono de casa, que abrangido pelo excesso de funções no que diz respeito as lides diárias, acaba por tirar uns dias de ferias sozinhos, em que acaba por contactar com um seu amigo de infancia com o sindrome peter pan que o leva a muitas aventuras desastradas que coloca em causa tudo o que conquistou.

Em termos de argumento muito pouco, uma historia igual a muitas, um humor muito pouco apurado, baseado num estilo fisico e obsceno pouco ou nada funcional. personagens repetitivas e um vazio de ideias do primeiro ao ultimo minuto.

Na realizaçao Hamburg e um experiente realizador de comedias de gosto duvidoso, que pauta a sua carreira pouco fulgurante. Aqui mais do mesmo, tenta entrar num humor fisico que nunca funciona e num vazio de ideias semelhante a maior parte dos seus registos anteriores, que o fazem ser num constante mas quase anonimo realizador de comedia.

No cast Hart acaba por ser isto, nota-se algum desgaste de imagem pela forma continua e repetitiva dos seus personagens, sendo este mais um passo nesse caminho. Parece mais preocupante um Whalberg que parece ter desistido de projetos mais fortes, sendo que no humor e quase sempre mais estranho que engraçado.


O melhor - A curta apariçao de um desgastado Seal


O pior - A falta de graça de todo o filme


Avaliação - D



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