Monday, April 11, 2022

Marry Me

 O dia dos namorados e dias aproximados são sempre epocas para filmes romanticos de amor idilico com o objetivo maximo comercial. Este ano, este filme produzido e pensado totalmente na figura de J Lo acabou por ser a coqueluche do ano. Num estilo Nothing Hill dos tempos modernos este filme foi claramente pior recebido com avaliações sofriveis. Comercialmente os resultados também ficaram algo longe do que o star value da actriz poderia fazer esperar.

Sobre o filme, podemos sempre esperar que a historia do amor impossível entre um anonimo e uma estrela é algo que cai muitas vezes no imaginario comum e nada melhor do que tentar um projeto que faça resultar tal relacionamento. O filme tenta, principalmente na dictomia e nos pressuposto que os opostos se atraem, mas acaba por não funcionar, essencialmente porque perde demasiado tempo a pensar na imagem de Jennifer Lopez e bem menos nos outros elementos do filme.

Um dos problemas maiores que um filme romantico deste tipo pode ter, é a falta de quimica, e o filme nunca tem, o estilo de Lopez nao encaixa minimamente com o estilo de Wilson, sendo os dois muito presos no seu estilo de cinema acaba por nunca existir simbiose entre as personagens, num filme que dependia muito disso para funcionar. A unir tudo isto o filme passa demasiado tempo em musicas e roupas de J Lo.

Por tudo isto uma fraca comedia romantica, daquelas que o seu estilo e ideias se esgota por completo no trailer. Mesmo com uma base que agrada habitualmente o grande publico pela forma como lhe preenche o imaginario este nunca consegue funcionar, principalmente porque nem a personagem masculina cresce, nem a feminina desce do pedestal onde se coloca.

A historia fala de uma super estrela da musica que em pleno palco, apos ter conhecimento de que é traida por outra super estrela, acaba por casar com um perfeito desconhecido, que apenas ali se encontrava para agradar a filha. O que seria uma manobra comercial acaba por aproximar os dois de mundos bem diferentes.

O argumento do filme parte de uma ideia que no passado ja resultou, principalmente em Nothing Hill, o filme tenta ser mais atual, com o glamour do mundo da musica, mas perde-se nisso e o filme acaba por ter mais dificuldade em fazer as personagens funcionar em duo, e quando assim é tudo fica comprometido.

Na realizaçao Kat Coiro é uma jovem realizadora habituada acima de tudo a trabalhos para televisão que tem um trabalho simples, mas que se dedica demasiado a agradar a imagem de JLO (produtora do filme) do que em criar mecanismos para o filme funcionar, também esteticamente. Nao e uma obra diferenciada.

No cast temos os protagonistas nos seus papeis mais comuns, o lado estrelar de Jennifer Lopez e o lado desligado de Wilson. Ambos encaixam bem nos registos mas acabam por nao encaixar minimanente um no outro e o filme sofre muito por isso.


O melhor - A ideia é sempre boa

O pior - A quimica que nunca aparece


Avaliação - C-

No comments: