Friday, February 19, 2021

Monster Hunter

 Numa altura em que o cinema está parado e os estudios tentam novas formas de fazer os seus projetos chegarem ao grande publico eis que existiu um projeto de estudio que seguiu o percurso normal. Trata-se de mais uma adaptação de um jogo de computador de Paul W Anderson em colaboração com a sua esposa e com muitos efeitos especiais para um publico muito concreto. Muito na onde de outros filmes do realizador o resultado critico acabou por ser modesto, sendo que comercialmente, mesmo conseguindo amealhar alguns dinheiro mais que os seus poucos adversários ficou muito aquem do que o filme poderia render noutro contexto que não pandemico.

Sobre o filme, a forma como este realizador trás os seus filmes está longe de ser proximo daquilo que penso que o cinema deveria ser, a forma como as historias ou narrativas são totalmente esvaziadas para um filme 100% de ação e efeitos especiais torna-se monotono e pouco interessante a não ser nas competencias tecnicas que sendo agradaveis estão longe de ser minimamente suficientes para a rentabilidade do filme.

Este e um dos filmes que do primeiro ao ultimo minuto é previsivel, sabemos como tudo vai suceder, esperamos apenas ver o digital dos monstros e as cenas estapafurdias de ação num cinema sem qualquer sumo, vazio de desgaste rapido que aposta num entertenimento rápido que acaba por nunca dar, a nao ser mais de hora e meio de algo que esta a dar no ecra mas que realmente não nos prende minimanente a atençao.

Por tudo isto parece-me que este e um dos filmes que menos deveria arriscar na capacidade de devolver as pessoas ao cinema, o filme não tem essa força em nenhum momento e torna-se mesmo pior do que outras adaptações do realizador ao mundo dos videojogos. Podemos dizer que tem efeitos especiais competentes, mas isso é completamente indiferente quando vimos um filme sem qualquer tipo de argumento.

A historia fala de dois mundos que se unem de forma a combater uns monstros de grande tamanho que querem colocar em causa a sobrevivencia de ambas as realidades.

Em termos de argumento eu confesso que tudo me leva a dizer que o filme não tem um propriamente dito. nao tem personagens, não tem dialogos, não tem um desenvolvimento narrativo, sendo apenas uma ideia de video jogo de personagens a lutar contra monstros e nada mais.

Na realizaçao Paul W S Anderson tem uma carreira completamente recheada de filmes com muitos efeitos mas basicamente inexistentes junto do publico. Tirando a aposta em tres mosqueteiros completamente falhada temos um estilo de filmes de ação vazio, com efeitos e com a sua esposa, que o tornam num dos raros tipos de realizador com pouca qualidade e com muitos filmes.

No cast temos Mila Jovovich a ajudar novamente o seu marido, num filme que nada lhe exige a nao ser competencia fisica de heroina de ação que acaba por ter e pouco mais. Os secundarios na essencia não existem mas o filme não reclama esta utilidade.


O melhor - Os efeitos especiais ate são competentes

O pior - Mas nada salva um filme sem qualquer tipo de argumento


Avaliação - D



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