Num ano em que a Netflix quase jogou sozinho, este era uma das suas ultimas apostas para a temporada de premios, num estilo exprimental de um realizador que ainda procura no cinema o sucesso que tem conseguido na televisão e tentando seguir a sua ascdência. Este peculiar filma a dois, acabou por não ser propriamente um sucesso critico, o que de alguma forma poderá dificultar a forma com que o filme se aproximou do grande publico ainda para mais um filme com algumas limitações comerciais como o facto de ser a preto e branco.
SObre o filme temos uma historia de amor ambiciosa, intensa com avanços e recuos no stress profissional. O filme funciona na capacidade de ser uma montanha russa das personagens que acaba por nos proporcionar bons dialogos, que tornam no entanto o filme demasiado circular e isso torna-o um pouco monotono, embora seja evidente a dificuldade num projeto como este.
As personagens tem a sua individualidade que o filme respeita, mas mesmo o facto do filme ser centrado num unico espaço dificulta a capacidade do filme crescer. Mesmo assim e com todas estas limitações e toda esta ambição acaba por resultar num filme competente, resistente num otimo argumento, mas que fica a ideia que a escolha a preto e branco nao e propriamente uma mais valia.
Nao sendo um dos melhores filmes do ano, acaba por ser um dos mais originais e corajosos. Fica a ideia que o filme e na sua base algo teatral demais e que isso acaba por limitar o resultado cinematografico por alguma falta de intensidade que as personagens tentam e conseguem ultrapassar embora nao sempre.
A historia fala de um casal de um realizador e uma aspirante a atriz que regressam a casa apos a premiere de um filme do primeiro e enquanto este aguarda pela receção critica da sua obra, acaba por levar a uma reflexão e discussão do seu relacionamento no stress do nervosismo.
Em termos de argumento parece-me que os bons dialogos favorecem o resultado final, e que o argumento e um dos bons aspetos do filme. Fica a ideia que o filme depende demasiado deste ponto e que ele acaba por salvar o filme quando e necessario.
Sam levinson tem ganho alguma dimensao em Hollywood quer pelo nome que traz mas acima de tudo por um sucesso ja conquistado em televisao. A escolha do preto e branco não e feliz embora seja arrojado. O resultado fica a ideia que funciona melhor no argumento do que numa realização que poderia ganhar com mais cor.
E um filme exigente ao maximo para os seus interpretes, Zendaya e quem sai melhor, numa personagem intensa, com recursos que nos demonstra uma actriz em crescimento e cada vez mais ambiciosa nas suas escolhas. Washington tenta ser intenso mas perde os duelos para a sua companheira e isso não e propriamente brilhante num actor com mais palco do que provas ate ao momento.
O melhor - A coragem de uma historia singular.
O pior - O preto e branco não beneficia
Avaliação - B-
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